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Censo 2022: 770 cidades podem perder recursos, diz Confederação Nacional de Municípios

Segundo CNM, outros 249 municípios vão ganhar participação na distribuição de recursos

Pesquisa do censo do IBGEPesquisa do censo do IBGE - Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil

A Confederação Nacional de Municípios (CNM) estimou que 770 municípios vão ter perdas de recursos com os novos indicadores populacionais do Censo de 2022. O maior impacto, segundo a CNM, seria nas regiões norte e nordeste.

Em carta com “alerta” sobre o Censo, o presidente da Confederação, Paulo Ziulkoski, aponta que essas cidades vão perder espaço no Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e a diversos programas federais que consideram o contingente populacional.

Ainda segundo a estimativa, 4.523 municípios ficarão estáveis e 249 vão ganhar participação na distribuição de recursos. Segundo a confederação, o impacto estimado está distribuído na seguinte ordem:

Aproximadamente 61% dos municípios do Amazonas e de Rondônia serão afetados negativamente;

Haverá impacto em 33% das cidades do Amapá, 33% do Pará e 32% de Alagoas;

Por região, serão 29% dos municípios do Norte serão afetados, enquanto o percentual para o Nordeste é 18%; para o Centro-Oeste e Sudeste, 11%; e para o Sul, 8%.

Para a CNM, os dados do Censo de 2022 não representam “com fidedignidade” a realidade do Brasil e abrem caminho para um “impacto direto” nos recursos transferidos aos entes locais.

“Por entender a relevância dessa radiografia para o país, a Confederação vai atuar junto ao Congresso Nacional e ao Executivo para que uma nova contagem populacional seja realizada já em 2025 a fim de levantar dados efetivos e corrigir as distorções decorrentes do levantamento”, diz o presidente Confederação, em comunicado.

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