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América Latina

Cepal: Vírus provocará fechamento de 2,7 milhões de empresas na América Latina

O impacto segundo a Cepal será muito diferente de acordo com o setor e o tipo de empresa.

Cédulas de realCédulas de real - Foto: Marcello Casal / Agência Brasil

A crise econômica gerada pelo coronavírus provocará o fechamento de mais de 2,7 milhões de empresas e a perda de 8,5 milhões de postos de trabalho na América Latina, estimou nesta quinta-feira a Comissão Econômica para a América Latina (Cepal).

Do total de empresas que fechariam, quase a maioria - cerca de 2,6 milhões - corresponde a microempresas, o setor mais vulnerável da cadeia produtiva da região, indicou a Cepal, um organismo técnico das Nações Unidas com sede em Santiago, ao apresentar um estudo sobre a situação das empresas na região durante a pandemia.

O impacto segundo a Cepal será muito diferente de acordo com o setor e o tipo de empresa. Por exemplo, setores como comércio, hotéis e restaurantes, que possuem um grande número de micro e pequenas empresas, serão os mais atingidos. 

Ainda de acordo com o estudo, o comércio perderá 1,4 milhão de empresas e quatro milhões de postos de trabalho formais, já que o turismo perderá pelo menos 290 mil empresas e um milhão de postos de trabalho.

"A crise atinge com maior intensidade os setores industriais potencialmente de maior dinamismo tecnológico, e portanto, aprofundará os problemas estruturais das economias na região. Isso significa que, se não forem implementadas políticas adequadas para fortalecer esses ramos produtivos, existe uma elevada probabilidade de que se crie uma mudança estrutural regressiva que conduzirá a retração das economias da região", alertou Alicia Bárcena durante à apresentação do relatório.

O coronavírus tem aproximadamente 2,6 milhões contagiados e mais de 119 mil mortes na América Latina, e levaria a economia da região para uma queda de 5,3% neste ano, segundo estimativas da própria Cepal.

Para enfrentar esta complicada situação, a Cepal lançou quatro propostas destinadas a ampliar os prazos e o alcance das linhas de intervenção em matéria de liquidez e financiamento para as empresas, co-financiar o salário das empresas durante seis meses para evitar a perda da capacidade, realizar transferências diretas para os trabalhadores autônomos e apoiar as grandes empresas dos setores estratégicos que estejam sendo gravemente afetadas.

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