Ceron: Acho que tem condições de resultado ficar mais perto de 0,2% do PIB do que de 0,25%
A previsão do secretário já considera os descontos das despesas extraordinárias com o Rio Grande do Sul e o tradicional empoçamento de recursos
O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, avaliou nesta terça-feira, 3, que há condições de o governo central fechar 2024 com um déficit primário mais perto de 0,2% do PIB do que 0,25% do PIB, que é o piso inferior da banda de tolerância do alvo fiscal, que neste ano mira zerar o déficit público.
A previsão do secretário já considera os descontos das despesas extraordinárias com o Rio Grande do Sul e o tradicional empoçamento de recursos, que até o momento está em torno de R$ 30 bilhões, segundo ele.
Esse número deve sofrer uma redução até o final do ano, para ficar mais próximo da média histórica, de R$ 20 bilhões, já que nos últimos meses do exercício há um aumento na execução orçamentária.
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"Já posso dizer com alguma segurança que o cumprimento da meta dentro da banda está garantido", disse Ceron, para quem a equipe econômica está "entregando" tudo o que prometeu no início do governo em relação à área fiscal.
O secretário também projetou que haverá um superávit forte no resultado de dezembro, e que o mês de novembro também "performou bem". "De novembro, por enquanto, só vou adiantar que o desempenho da receita veio consistente com o que nós tínhamos planejado, o que nos dá uma boa segurança de que, claro, com todo cuidado, nós vamos fechar bem o exercício - isso é importante: passo a passo que se recupera o fiscal do país", afirmou Ceron.
Em outubro, o superávit registrado foi de R$ 40,811 bilhões, resultado que teve ajuda do ingresso de depósitos judiciais no valor de R$ 6,4 bilhões - uma das medidas de compensação à desoneração da folha de pagamentos. Ceron ainda respondeu que não houve ingressos de recursos do Sistema de Valores a Receber (SVR) - os recursos esquecidos -, pontuando, por sua vez, que esse dado não é relevante para fins de verificação do primário.