Cesta básica sobe 1,14% na RMR
Apesar do aumento, a pesquisa realizada pelo Procon-PE mostrou que 15 produtos caíram de preço
Pesquisa realizada entre os dias 2 e 4 de junho apontou um aumento de 1,14% no valor da cesta básica na Região Metropolitana do Recife em comparação ao mês de maio. O valor total da cesta saiu de R$446,80 para R$451,89, representando um impacto de 43,24% do salário mínimo. Apesar do aumento, a pesquisa realizada pelo Procon-PE mostrou que 15 produtos caíram de preço.
Dentre os 27 produtos analisados, entre os meses de maio e junho, a salsicha avulsa apresentou a maior queda (36,10%), saindo de R$14,29 para R$10,50. Outros quatro mantiveram o valor e oito subiram de preço. Os produtos que mais sofreram aumento foram o quilo do arroz, que passou de R$ 3,49 para R$ 4,45, um aumento de 27,51%; o fubá, 21,58% e o feijão mulatinho, 17,67%. Apesar da queda do preço de 15 produtos, o valor total da cesta subiu devido ao desequilíbrio entre as diminuições e aumentos dos valores cobrados.
“Mesmo com a queda no valor de alguns produtos, é muito importante pesquisar, os valores vão variar bastante dependendo do local de compra”, recomenda o gerente jurídico do Procon-PE, Ricardo Faustino. O quilo da salsicha avulsa pode ser encontrado em diferentes supermercados por R$ 4,99 e por R$ 10,50, uma diferença percentual de 110,42%. Já a bandeja com uma dúzia de ovos, a diferença é de 91,74%, sendo oferecida entre os preços de R$ 10,90 e R$ 20,20.
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Na área de higiene e limpeza a variação entre supermercados também é grande. O sabão em pó de 500 gramas, pode ser encontrado por R$ 1,10 e R$ 3,68, uma diferença de 234,55%. O pacote de papel higiênico com quatro unidades, varia entre R$ 1,72 e R$ 5,89, uma diferença de 242,44%.
“Diante da pandemia e por conviver com idosos não posso fazer uma procura de preços em vários supermercados devido ao risco de contaminação. Entretanto, observei uma variação geral nos preços e consequentemente tive que reorganizar minhas prioridades na hora de comprar”, comenta o estudante de design de interiores, Henrique do Rêgo. “As refeições de casa sofreram alterações devido às novas prioridades”, finaliza.
A pesquisa é realizada no início de cada mês com o objetivo de informar ao consumidor a média e a tendência dos valores cobrados no mês pesquisado, auxiliando na economia durante as compras. Levou-se em consideração 12 estabelecimentos da Região Metropolitana do Recife passando pelos municípios do Cabo de Santo Agostinho, Jaboatão dos Guararapes, Recife e Olinda. O levantamento toma como base a cesta básica mensal para uma família composta por quatro pessoas, sendo dois adultos e duas crianças.