Chile reporta menor pobreza desde início dos registros
Queda se deveu ao aumento da renda e dos subsídios domésticos
A pobreza caiu para 6,5% no Chile em 2022, o menor indicador desde que começaram os registros, devido ao aumento da renda e dos subsídios domésticos.
A queda é explicada por "uma recuperação da renda autônoma (ou total), o que responde a uma política de crescimento e à criação de empregos", explicou o ministro de Desenvolvimento Social, Giorgio Jackson, ao anunciar os resultados da última pesquisa de Caracterização Socioeconômica Nacional (Casen).
No mesmo período, registrou-se um aumento dos subsídios e transferências diretas do Estado para os lares, sobretudo os mais pobres, acrescentou o ministro.
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A redução ocorreu no mesmo ano em que o Chile enfrentou o maior aumento da inflação em três décadas (12,8%), e significa a volta à tendência histórica de queda deste indicador desde o retorno à democracia, em 1990, quando a pobreza chegava a 40%.
Com exceção do ano de 2020, em plena pandemia, quando a pobreza aumentou para 10,7%, este indicador registra uma queda sustentada no Chile. Em 2017, chegou a 8,5%, segundo a pesquisa Casen. No ano de 2006, em que teve início a medição oficial, a pobreza no país era de 28,7%.
Os 6,5% de pobreza no Chile, uma das taxas mais baixas da América Latina, equivalem a 1.292.521 pessoas. Destas, 2%, ou 387.963, vivem em condições de extrema pobreza. Em Santiago, onde vivem mais de 7 milhões dos 19 milhões de habitantes do país, o indicador de pobreza foi de 4,4%.
A pesquisa Casen foi realizada entre 1º de novembro de 2022 e 2 de fevereiro de 2023, e ouviu 202.231 pessoas.