Logo Folha de Pernambuco

REDE SOCIAL

China, Coreia do Norte e Rússia: conheça os países em que o X, antigo Twitter, é bloqueado

Ministro do STF, Alexandre de Moraes, abriu inquérito contra bilionário dono da plataforma, que prometeu suspender as restrições impostas a usuários investigados

Bilionário Elon Musk, dono da plataforma X (antigo twitter)Bilionário Elon Musk, dono da plataforma X (antigo twitter) - Foto: Alain Jocard/AFP

A tensão envolvendo o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e o dono da plataforma X (antigo Twitter) Elon Musk, ganhou repercussão mundial. Após o bilionário ameaçar descumprir decisões judiciais recebidas pela plataforma, o magistrado determinou sua inclusão como investigado no inquérito que apura a existência de milícias digitais antidemocráticas no Brasil. Em pelo menos sete países, a rede social de Musk é bloqueada.

O embate, no entanto, começou na última quarta-feira, quando o jornalista americano Michael Shellenberge expôs supostas trocas de e-mails entre funcionários do X, afirmando que autoridades brasileiras estavam requerendo informações pessoais de usuários investigados.

Alexandre de Moraes é relator de inquéritos que apuram a circulação de fake news e de ataques a urnas eletrônicas e ao sistema democrático do país em plataformas digitais, como o X. O ministro do STF proferiu decisões que ordenaram a suspensão de perfis de investigados por esses crimes. Depois do episódio que vem sendo chamado de "Twitter Files Brasil", o X publicou nota afirmando que foi "forçado por decisões judiciais a bloquear determinadas contas populares no Brasil", e que as determinações de Moraes desrespeitam o Marco Civil da Internet e a Constituição Federal.

 

Conheça os países em que o X é bloqueado:

China: em 2009, o acesso ao antigo Twitter foi bloqueado, dias antes do 20º aniversário da sangrenta repressão na Praça Tiananmen, a Praça da Paz Celestial. O governo chinês tem leis rigorosas para assegurar o controle social. Redes sociais como o Facebook, Instagram e o Twitter, não funcionam na China.

Mianmar: em 2021, autoridades militares birmanesas bloquearam o acesso ao Twitter, para tentar conter os protestos que se intensificam no país após o golpe que depôs o governo civil de Aung San Suu Kyi. Dias depois do golpe de Estado, o Ministério dos Transportes e Comunicações de Mianmar ordenou que os provedores de internet bloqueassem o acesso ao X, na época Twitter, Instagram e o Facebook, segundo a empresa norueguesa Telenor, que oferece serviços móveis no país.

Irã: desde 2009 as plataformas Twitter e Facebook foram banidas, quando a população tomou as ruas em protestos que ficaram conhecidos como a Revolução Verde. A preocupação do regime era que as manifestações se ampliassem e se tornassem mais organizadas.

Coreia do Norte: em 1º de abril de 2016 o país anunciou oficialmente o bloqueio de websites como YouTube, Facebook, Twitter, a Voz da América e vários outros sites de mídia sul-coreanas.

Rússia: em março de 2022, houve o bloqueio do Twitter e das plataformas da Meta após o início da guerra contra a Ucrânia, em fevereiro do mesmo ano.

Nigéria: Em 2021, o governo nigeriano anunciou o banimento do antigo Twitter. A suspensão ocorreu dois dias após a plataforma excluir um post do presidente, Muhammadu Buhari, ato que foi considerado amplamente ofensivo. Na publicação, o líder nigeriano ameaçou lidar com pessoas no sudeste do país, a quem ele culpava pelos ataques recorrentes à infraestrutura pública da região.

Turcomenistão: os cidadãos não têm acesso a fontes de informação mundiais na web e correm o risco de serem multados se tentarem usar acesso via VPN. O acesso à informação é feito por agências de notícias ligadas ao governo.

Veja também

Wall Street fecha em alta com Dow Jones atingindo novo recorde
Bolsa de Nova York

Wall Street fecha em alta com Dow Jones atingindo novo recorde

Câmera de segurança filma momento em que robô com IA convence outros a "deixarem seus empregos"
IA

Câmera de segurança filma momento em que robô com IA convence outros a "deixarem seus empregos"

Newsletter