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China sinaliza novas medidas de estímulo econômico para o ano que vem, como corte de juros

Medidas para 2025 serão debatidas em reunião com autoridades econômicas do país lideradas pelo presidente Xi Jinping

Presidente da China, Xi JinpingPresidente da China, Xi Jinping - Foto: Ernesto Benavides/AFP

A China indicou que vai adotar mais medidas de estímulo econômico, incluindo elevar sua relação de déficit orçamentário para o ano que vem. O anúncio deve acontecer durante uma reunião entre autoridades econômicas, que define as prioridades políticas para o próximo ano.

Altos líderes, comandados pelo presidente Xi Jinping, também se comprometeram a implementar cortes nas taxas de juros e a reduzir os requisitos de reserva para os bancos durante a Reunião Central de Trabalho Econômico, realizada em Pequim, de acordo com a emissora estatal CCTV.

A emissora afirmou que a China “precisará manter o crescimento econômico e assegurar a estabilidade geral do emprego e dos preços” no próximo ano. O governo também planeja aumentar a emissão de títulos especiais do tesouro de longo prazo e notas especiais de governos locais, que são fontes importantes de investimento em infraestrutura e outros gastos públicos.
 

Essas promessas seguem o compromisso feito no encontro do Politburo no início desta semana de injetar mais estímulos na economia. Isso incluiu a primeira mudança na política monetária da China em 14 anos para uma estratégia “moderadamente frouxa” e indicou uma determinação em apoiar a demanda.

Embora uma desaceleração econômica seja um risco para 2025, a China parece estar no caminho para atingir sua meta oficial de crescimento econômico de cerca de 5% este ano, após um leve aumento nos gastos dos consumidores e na atividade industrial nas últimas semanas.

As melhorias no cenário econômico do país são amplamente atribuídas a uma série de medidas de estímulo implementadas desde o final de setembro, como cortes agressivos nas taxas de juros e subsídios governamentais ampliados para compras de carros e eletrodomésticos.

No entanto, as perspectivas para o próximo ano e além são cada vez mais incertas. O risco de uma nova guerra comercial com os Estados Unidos, após a reeleição de Donald Trump, pode fazer com que as exportações deixem de ser um motor significativo de crescimento.

Os desafios domésticos também estão se acumulando. A confiança de consumidores e empresas permanece baixa, contribuindo para uma deflação persistente. A prolongada desaceleração no setor imobiliário não apresenta sinais de recuperação.

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Investidores estão analisando a linguagem usada pelos líderes para decifrar planos políticos concretos para o próximo ano, já que o otimismo inicial com os sinais de políticas ousadas perdeu força. Economistas têm pedido aumento nos empréstimos e gastos do governo central, maior auxílio aos consumidores e reformas para melhorar a rede de segurança social.

Detalhes como a meta de crescimento ou o orçamento do governo só serão revelados em março, durante as sessões legislativas anuais.

Muitos economistas esperam que Pequim estabeleça uma meta para 2025 semelhante ao objetivo deste ano de expandir o produto interno bruto em “cerca de 5%”. Alguns também preveem que os formuladores de políticas buscarão levar o déficit orçamentário do próximo ano ao maior nível em três décadas e implementar os cortes de taxas mais profundos desde 2015.

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