NEGÓCIOS

Chinesa BYD negocia compra da produtora com maior reserva de lítio do Brasil, diz jornal

Segundo o jornal 'Financial Times', o negócio estaria avaliado em US$ 2,9 bilhões

Trabalhadores na refinaria da Sigma em Minas GeraisTrabalhadores na refinaria da Sigma em Minas Gerais - Foto: Dado Galdieri/Bloomberg/Reprodução O Globo

A BYD, fabricante chinesa de carros elétrico, tem mantido conversa para uma potencial joint venture ou aquisição com a brasileira Sigma Lithium. O negócio estaria avaliado, segundo fontes, em US$ 2,9 bilhões, segundo o jornal "Financial Times".

A BYD recentemente ultrapassou a Tesla como o maior fabricante de veículos elétricos do mundo. A chinesa anunciou recentemente que está construindo sua primeira fábrica de carros no Brasil, como parte de um investimento de R$ 3 bilhões. Será a primeira unidade fora da Ásia.

O movimento da BYD no Brasil ocorre em um momento que a demanda por lítio para abastecer carros elétricos é crescente no mundo todo. Além do Brasil, a BYD, que tem sede em Shenzhen, planeja plantas na Hungria e no México.

O presidente da BYD no Brasil, Alexandre Baldy, se encontrou com a presidente-executiva da Sigma, Ana Cabral Gardner, em São Paulo no mês passado. A Sigma faz extração e industrialização de lítio, usado para a bateria de carros elétricos. A companhia planeja triplicar sua capacidade de produção anual de 270 mil toneladas.

Ao "Financial Times", Baldy falou em diálogo “ativo” com a Sigma, empresa que tem ações listadas nas bolsas de Toronto e na Nasdaq, nos Estados Unidos. “Diferentes vertentes estão sendo discutidas sobre fornecimento, uma joint venture, uma aquisição . . . nada é concreto”, acrescentou o executivo.

Baldy não deu mais detalhes citando um acordo de confidencialidade. Já a Sigma não quis comentar.

O apetite da BYD no Brasil acontece após os governos dos Estados Unidos e Canadá terem feito medidas para barrar o avanço de companhias chinesas que estavam comprando empresas locais de mineração.

A negociação com a Sigma, que teve prejuízo de US$ 19 milhões nos primeiros nove meses de 2023, evidencia a estratégia da BYD, que controla toda a cadeia, desde a produção do minério, até a fabricação de baterias e chips de computador, além dos próprios carros elétricos. Isso permite uma estrutura mais baixa de custos.

Segundo o Statista, além do Brasil, Austrália, Argentina, China e Chile também estão entre os maiores produtores de lítio.

Em novembro, a Sigma informou que encontrou novas reservas, estimadas em 26 a 30 milhões de toneladas de lítio, em suas reservas em Araçuaí e Itinga, no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. Dessa forma, a companhia deve somar 110 milhões de toneladas do mineral.

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