Chuva forte não impede protesto de motoristas de aplicativo e pautas são entregues às empresas
Segundo a associação dos motoristas, as empresas têm 15 dias para darem retorno
Mesmo com o dia de chuva, os motoristas de aplicativos enfrentaram os alagamentos no Recife e protestaram, na manhã desta segunda (1) em direção às sedes das empresas para entregar as reivindicações da categoria.
As empresas de aplicativo terão 15 dias para dar retorno. Se não houver acordo, um novo protesto será marcado para o dia 1º do próximo mês.
Na pauta entregue às empresas, a categoria pede que o valor do quilômetro rodado pelo motorista seja de R$ 1,47, além de R$ 0,29 por minuto rodado, tarifa base mínima de R$ 2,75 e mais R$ 2 por corrida para ajudar na manutenção dos veículos.
Os motoristas também pedem um valor mínimo de R$ 10 por corrida e o fim da área 2 (Morros da Zona Norte do Recife, Camaragibe, Abreu e Lima, Maranguape, Rio Doce, entre outros locais), que deixa o valor das corridas mais barato.
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Segundo o presidente da Associação dos Motoristas e Motofretistas por Aplicativos de Pernambuco (Amape), Thiago Silva, além do Recife, Ipojuca, Cabo de Santa Agostinho e Caruaru também aderiram ao protesto por condições de trabalho aos motoristas de aplicativo.
“Quem precisou de aplicativo hoje teve muita dificuldade, pois, além das chuvas, muitos motoristas estavam em casa ou na rua dando apoio à paralisação”, afirma.
Ainda de acordo com Silva, motoristas estão deixando as plataformas de transporte. “Posso garantir, com base em conhecer muitos motoristas, que eles estão entregando os carros porque a situação está muito difícil, por conta das tarifas baixas”, acrescenta.
O presidente da Amape ainda ressaltou que os motoristas que rodam pela madrugada precisam de um acréscimo no valor da corrida em razão dos riscos relacionados ao horário.
"Para quem trabalha de noite, no horário de 23h às 6h da manhã, pedimos um multiplicador fixo de 50% no valor da corrida, pois os motoristas se arriscam mais e abrem mão de dormir em casa", revela.