Desenvolvimento

Com a expectativa de US$ 500 milhões para investir, Banco do Brics visita a Sudene

Os representantes da instituição estiveram no Recife para conhecer o FDNE, responsável por investimentos na região

Encontro Sudene com representante do Banco dos BricsEncontro Sudene com representante do Banco dos Brics - Foto: Divulgação

Representantes do New Development Bank (NDB) - conhecido como o Banco dos Brics, grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - se reuniram hoje (25) com a Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) para discutir o aporte de US$ 500 milhões nos fundos de desenvolvimento regionais.

Essa negociação foi intermediada pelo Governo Federal, através do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Nacional. A missão do NDB está em Recife para conhecer o Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), um dos principais instrumentos da Sudene.

Essa visita representa um avanço na capitalização do FDNE e dos Fundos de Desenvolvimento da Amazônia (FDA) e do Centro-Oeste (FDCO). O montante, aproximadamente R$ 2,5 bilhões, excede a disponibilidade financeira dos três fundos para este ano.

O FDNE, por exemplo, tem R$ 1,2 bilhão em crédito disponível para 2024. Prevê-se que a maior parte dos recursos, US$ 300 milhões, seja direcionada para este fundo. O último aporte de recursos no FDNE, proveniente do Orçamento Geral da União (OGU), foi realizado em 2016, durante a gestão de Dilma Rousseff, atual presidente do NDB.

Infraestrutura

Danilo Cabral, superintendente da Sudene, enfatizou a importância do FDNE como fonte crucial de financiamento para obras de infraestrutura e atração de investimentos para a região.

Ele destacou que o FDNE tem sido um dos principais financiadores de projetos de energia renovável no Nordeste, citando projetos como a Transnordestina e a Stellantis. No entanto, ele observou que medidas estão sendo tomadas para diversificar a carteira de projetos, incluindo projetos de infraestrutura.

Heitor Freire, diretor de Gestão de Fundos e Incentivos Fiscais, analisou que a atual demanda por recursos do FDNE reflete a falta de investimentos em infraestrutura na região nos últimos anos.

Ele expressou otimismo com o Novo PAC e a expectativa de atrair investimentos para outras áreas, como a indústria de transformação e logística. Freire também ressaltou que o FDNE oferece taxas de juros mais atrativas do que outros bancos de fomento.

No ano passado, a Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex) autorizou a preparação do projeto para ser apresentado ao NDB visando a capitalização dos fundos regionais.

Regiões

Nesta semana, representantes do NDB se reuniram com técnicos do Ministério e das superintendências de desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e do Centro-Oeste (Sudeco), além da Sudene, para alinhar informações visando a estruturação da proposta contratual. Essa proposta será analisada pelo Conselho do NDB no final do ano.

O NDB está em operação desde 2016, reunindo os países do Brics (Brasil, China, Índia, África do Sul e Rússia), além de Bangladesh, Egito e Emirados Árabes, com o Uruguai admitido como membro. Segundo informações do banco, o NDB já aprovou US$ 6 bilhões em projetos no Brasil, sendo 80% destinados ao financiamento do setor público.

O banco foi criado com o objetivo de mobilizar recursos para projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável.

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