inflação

Com alta de 0,53% em alimentos, inflação sobe 0,16% em março

Variação do índice geral é a menor para março desde 2020. Em 12 meses, indicador acumula alta de 3,93%

Preço dos alimentosPreço dos alimentos - Foto: Alfeu Tavares/Folha de Pernambuco

A inflação desacelerou na passagem de fevereiro para março e subiu 0,16%, registrando a menor variação para meses de março desde 2020. O que contribuiu para manter o indicador no campo positivo foi a alta de alimentos, cujos preços subiram 0,53%.

Os dados fazem parte do Índice Nacional de Consumidor Amplo (IPCA) e foram divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira (10).

"Essa desaceleração na inflação também é explicada pelo fato de que, em fevereiro, os preços da Educação tiveram alta significativa por conta dos reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo, o que não aconteceu em março"explica o gerente da pesquisa, André Almeida.

Preço dos alimentos sobe e puxa resultado
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, seis registraram alta em março. A maior variação foi registrada no grupo Alimentação e bebidas, com alta de 0,53%. Em seguida aparece o grupo Saúde e cuidados pessoais, com avanço de 0,43%.

ao mês anterior (0,49%). Enquanto o lanche acelerou de 0,25% para 0,66%, o subitem refeição (0,09%) teve variação inferior à observada no mês de fevereiro (0,67%).

Já no caso do grupo Saúde, o aumento dos preços foi puxado pela alta do plano de saúde (0,77%) e dos produtos farmacêuticos (0,52%). Houve alta em medicamentos anti-infecciosos e antibióticos (1,27%), além dos analgésicos e antitérmicos (0,55%).

Veja o resultado dos grupos do IPCA:

O grupo Transportes, que subiu 0,72% em fevereiro, registrou recuo de 0,33% em março. A queda nos preços foi puxada por dois principais produtos do grupo. As passagens aéreas tiveram recuo de 9,14%. E a gasolina teve uma alta menor em março, saindo de 2,93% para 0,21%.

Após promoções, cinema encarece e puxa alta em Despesas pessoais
O grupo de Despesas pessoais registrou aceleração de 0,05% em fevereiro para 0,33%. A alta foi puxada por uma devolução nos preços do cinema, teatro e consertos.

Em alimentos, os produtos consumidos no domicílio tiveram alta menos intensa neste mês, desacelerando de 1,12% em fevereiro para média 0,59% em março. Ainda assim, o consumidor está pagando mais caro em alguns produtos in natura e laticínios. A cebola ficou 15% mais cara, seguida do tomate (9,85%), do alho (7,90%), da banana-prata (7,90%) do ovo de galinha (4,59%), das frutas (3,75%) e do leite longa vida (2,63%).

"Problemas relacionados às questões climáticas fizeram os preços dos alimentos, em geral, aumentarem nos últimos meses. Em março, os preços seguem subindo, mas com menos intensidade" aponta Almeida.

Houve alta de 5,14% nos preços deste item. Isso porque, em fevereiro, o setor havia feito promoções e os preços haviam recuado 4,47%. Agora, o setor devolve os valores em março:

— (A queda) Refere-se ao retorno das promoções que foram praticadas por conta do evento 'Semana do cinema', que ocorreu em todo o Brasil e teve promoções. Agora, os preços retornam a seus patamares regulares — explica o pesquisador do IBGE.

Serviços perdem força
A inflação de serviços, que reúne os itens de serviços prestados ao consumidor, continuou desacelerando no mês de março. O indicador acumulado em doze meses, inclusive, atingiu o menor percentual desde janeiro de 2022, quando também foi 5,09%.

Segundo Almeida, do IBGE, os preços dos serviços vinham subindo em função de diferentes fatores, incluindo o aumento de custos por parte de seus prestadores. Mas desde fevereiro do ano passado há uma descaeleração do indicador, apesar da alta em 12 meses ficar acima do índice geral:

"Vamos ver como vai se dar esse comportamento do mercado de trabalho, da demanda por serviços, e ver como isso vai impactar no índice geral" avalia.

 

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