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POLÍTICA

Com cargo cobiçado pelo Centrão, presidente da Caixa defende sua gestão em evento com Lula

Presidente da Caixa disse que banco estava "desmantelado" e vivia cultura de assédio em gestões anteriores

Rita Serrano, presidente da Caixa Econômica FederalRita Serrano, presidente da Caixa Econômica Federal - Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom / Agência do Brasil

A presidente da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano, usou sua fala em evento no Palácio do Planalto, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para defender os seus seis meses de gestão à frente do banco.

O Palácio do Planalto avalia trocar o comando da Caixa em meio às negociações para ampliar o espaço do Centrão no governo e, consequentemente, o ampliar o apoio no Congresso Nacional. O cargo de Rita um pleito do PP.

Rita afirmou que encontrou um banco "desmantelado", com uma "política de medo e de assédio" e "preparado para privatizar suas principais operações.

"Antes de falar do Minha Casa, Minha Vida, quero, como estamos fazendo seis meses de gestão na Caixa essa semana, dizer que encontramos o banco desmantelado, preparado para privatizar suas principais operações, e uma política de medo e assédio colocada dentro do banco. Com atraso tecnológico, distante, muito distante, das demandas das cidades e estados. Burocratizado".

Rita deu as declarações durante o evento de sanção da MP do Minha Casa, Minha Vida, no Palácio do Planalto, ao lado do presidente Lula. Rita foi amplamente aplaudida pelos funcionários do banco que acompanhavam a solenidade em mais de um momento.

Rita seguiu defendendo sua gestão, afirmando que nos seis meses que está no comando do banco, investiu em tecnologias, sistemas e pessoas, retomou relações com prefeitos e governadores e ampliou a disputa do banco no sistema financeiro.

"Nesse período, nós montamos a equipe, refizemos o plano estratégico à luz das demandas do governo federal, e também das possibilidades de ampliar nossa disputa nos sistema financeiro. Investimos e estamos investindo em tecnologias , sistema, pessoas. Retomamos a relação com prefeitos, governadores, empresas e entidades".

Integrantes do Palácio do Planalto, do Ministério da Fazenda e parlamentares do PT apontam que a situação da presidente do banco, Rita Serrano, é delicada, o que deverá provocar a substituição. O ex-ministro Gilberto Occhi, aliado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), é o favorito para o posto.

Rita Serrano tem perfil técnico e também é funcionária de carreira da Caixa. Ligada ao Sindicato dos Bancários de São Paulo, ela fazia parte do conselho de administração do banco, como representante dos empregados, no governo anterior.

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