BRASIL

Com crise na Petrobras, Lula recebe representantes de petroleiros, movimentos sociais e ministros

Segundo participantes, presidente não tratou sobre mudança no comando da empresa durante encontro

Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do BrasilLuiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil - Foto: Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu neste sábado em Brasília representante da Federação Única dos Petroleiros (FUP), ministros, além de integrantes de movimentos sociais que atuam na órbita do PT. Segundo o ministro Márcio Macedo (Secretaria-Geral), apesar da crise instalada na Petrobras ao longo da semana, o encontro não tratou sobre isso.

O encontro durou mais de três horas e, segundo Macedo, atendeu a um desejo dos movimentos de ter uma conversa com Lula sobre a conjuntura do país. A ideia, ainda de acordo com o ministro, é que ocorram outras reuniões desse tipo em breve.

— Não foi tratado nenhum tema em relação à mudança da Petrobras ou a conflitos na Petrobras —disse Macedo.

Ainda segundo o ministro, sobre a Petrobras, os presentes discutiram apenas o papel social da estatal.

— Tratou-se da necessidade de fortalecer o conteúdo nacional, discutir o papel social da Petrobrás — afirmou.

Indagado se a FUP colocou em discussão a transição da Petrobras para produção de o de energia a partir de outras fontes verdes, Macedo respondeu:

— Falou da necessidade de uma Petrobras que seja além do petróleo, que tenha esse alcance de uma empresa de energia que possa estar aberta a essa questão da discussão sobre a transição energética — comentou.

De acordo com Macedo, foi tratada da necessidade de o governo criar políticas públicas para atingir as comunidades evangélicas e católicas.

— Sobretudo as mães evangélicas, as mães católicas que estão preocupadas com seus filhos que são vítimas de violência nas periferias das grandes cidades — disse.

Participaram da reunião, realizada na Granja do Torto, os ministros Paulo Pimenta (Comunicação Social) e Macedo, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e integrantes dos Movimentos dos Sem Terra (MST), da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Federação Única dos Petroleiros (FUP), da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), da União Nacional dos Estudantes (UNE), do Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB), dos Evangélicos pela Democracia, Católicos pela Democracia, Juristas pela Democracia, além de representantes dos metalúrgicos, bancários trabalhadores da educação e pastorias da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil.

Crise na Petrobras
A FPU criticou publicamente o que chamou de “espancamento público” de Prates. O presidente da estatal vem acumulando divergências com políticos da base do governo e está sob forte pressão nos últimos dias, sendo alvo de críticas do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Conforme mostrou o Globo, a avaliação no entorno do presidente Lula é que o clima para Prates não está bom há meses. Envolve disputa por investimentos e dividendos, por exemplo, passando pela política de gás.

“A FUP reconhece a atuação da gestão Prates em busca do fortalecimento da Petrobras como promotora de investimentos, capazes de contribuir para a geração de emprego e renda dos brasileiros", escreveu a federação.

A nota ainda diz que o presidente da estatal “restabeleceu o diálogo com a categoria petroleira” e elogia seu desempenho na mudança da política de preços de combustíveis.

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