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Com presença de Lula, Alckmin toma posse como ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio

Pasta foi recriada com o novo governo, após ser extinga por Bolsonaro

Geraldo AlckminGeraldo Alckmin - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Com a presença do presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin assumiu o cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços numa cerimônia concorrida nesta quarta-feira (04) no Palácio do Planalto.

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) foi extinto pelo governo Jair Bolsonaro e incorporado ao então Ministério da Economia. Agora, a pasta foi recriada no governo se se iniciou no domingo.

Em seu discurso de posse, ele defendeu a reforma tributária, em linha com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o aumento da produtividade.

Na campanha, percorri várias fábricas em São Paulo, com o ministro Haddad e o ministro Márcio França (Portos e Aeroportos). E em todas elas ouvimos a necessidade da simplificação tributária. Uma política industrial contemporânea passa ainda pela digitalização, sustentabilidade, inovação e aumento de produtividade.

Alckmin afirmou defendeu como "fundamental" a qualificação da mão de obra para o aumento de produtividade. Ele anunciou que o novo Mdic contará com uma secretaria de de desenvolvimento verde que trabalhará em conjunto com nossa ministra Marina Silva, do Meio Ambiente.

Na agenda da sustentabilidade é fundamental para o desenvolvimento do Brasil. A sustentabilidade é ponto de partido de toda a política industrial, afirmou.

O vice disse que o Brasil "de agora" dará exemplos positivos, enfrentará os riscos de maneira construtiva e propositiva.

Estamos seguros de uma maior integração do comércio brasileiro ao mundo. Mudanças geopolíticas e na cadeias de valor podem representar uma oportunidade para o Brasil atrair investimentos produtivos.

O ministro afirmou que Lula “impôs” que o Brasil elabore uma política moderna de desenvolvimento industrial.

Que essa política seja objeto de avaliação apropriada e continuada no tempo. Não haverá projetos e programas eficazes elaboradores à revelia do setor produtivo. É na boa política que resultará o programa de reindustrialização, considerou o ministro.

Alckmin disse que vai trabalhar incansavelmente pelo emprego e a distribuição de renda.

O Brasil não pode prescindir da indústria se tiver ambições de alavancar o crescimento econômico, afirmou. É urgente a reversão da desindustrialização precoces ocorrida no Brasil. Apesar de representar apenas 11% do PIB brasileiro, a indústria de transformação aporta 69% de todo o investimento em pesquisa. Infelizmente, a indústria de transformação tem perdido participação no PIB do país, o que nos impõe uma cara estagnação.

Ele disse que o esforço de reindustrializar o Brasil e incluir os trabalhadores economia “não são tarefas episódicas, mas obra de todo o governo”.

A reindustrialização é essencial para a retomada do crescimento sustentável, afirmou.

A cerimônia nesta quarta-feira foi a primeira de Lula no Palácio do Planalto desde que ele assumiu a Presidência da República. Com o Salão Nobre do Palácio cheio, Alckmin assumiu o cargo com a presença de empresários e autoridades.

Perfil
Um dos fundadores do PSDB, Geraldo Alckmin, de 70 anos de idade, deixou o partido no final de dezembro de 2021, após mais de três décadas. Na ocasião, afirmou que era um “tempo de mudança” e “hora de traçar um novo caminho”.

O vice-presidente é formado em medicina e ingressou na política há 50 anos. Neste período, atuou em diversas funções: foi vereador, prefeito de Pindamonhangaba, deputado estadual, deputado federal, vice-governador e governador de São Paulo.

Alckmin disputou a Presidência da República duas vezes. Em 2006, quando perdeu no segundo turno para Lula, e em 2018, quando ficou na quarta colocação, atrás de Jair Bolsonaro, Fernando Haddad e Ciro Gomes.

Disposto a reverter o processo de desindustrialização do país e a impulsionar a geração de empregos, Lula chegou a convidar o empresário Josué Gomes, filho de José Alencar (se vice no primeiro e segundo mandatos), para o cargo, porém ele declinou.

A escolha final foi Alckmin, ex-governador de São Paulo, principal polo da economia brasileira e experiente administrador público. O vice coordenou a equipe de transição de Lula.

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