Com semana de 4 dias, queixas de 'burnout' caíram 68%. Veja o que dizem empresas
Pesquisa mostra que houve redução das demissões e aumento de receitas. Brasil começa a testar carga reduzida
As empresas brasileiras que vão participar do teste da semana de quatro dias não estão aderindo ao novo regime apenas para agradar a funcionários. Pesquisa feita pela organização sem fins lucrativos 4 Day Week Global, que conduz testes globais sobre a carga horária reduzida, mostra que companhias que implementaram esse modelo verificaram redução nas queixas de burnout (quando o funcionário se sente exaurido), diminuição das demissões e aumento de receitas.
A pesquisa foi feita com quatro países que já implementaram o regime de trabalho mais enxuto: EUA, Canadá, Reino Unido e Irlanda. O resultado compara o desempenho da empresa após a adoção da carga horária de quatro dias com o de 12 meses antes. Veja o resultado da pesquisa:
- 36% das empresas tiveram aumento nas receitas;
- 42% reduziram as demissões;
- 68% registraram redução de queixas de esgotamento de funcionários;
- 54% identificaram aumento na capacidade para o trabalho;
- 63% dizem que têm maior facilidade para atrair talentos.
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Empresas participam de teste
A partir desta quinta-feira, mais de quinze empresas brasileiras vão passar por um teste para a implantação da jornada semanal de apenas quatro dias de trabalho. A iniciativa surgiu de uma parceria entre a organização sem fins lucrativos 4 Day Week Global, que conduz testes globais sobre a carga horária reduzida, e a brasileira Reconnect Happiness at Work.
As companhias se inscreveram para o experimento em agosto. Em setembro, tem início um treinamento para a implementação, que dura alguns meses. O teste começa apenas em dezembro ou janeiro, a depender da empresa.
O modelo a ser implementado nas participantes será do tipo 100-80-100: 100% do salário, trabalhando 80% do tempo e mantendo 100% da produtividade.