importações

Comércio mundial de alimentos aumentará cerca de 2,5% em 2024, projeta FAO

Em 2023, o comércio internacional de alimentos permaneceu relativamente estável, após os importantes aumentos de 2021, marcados respectivamente por uma forte inflação pós-crise sanitária e pela guerra na Ucrânia

Comércio mundial de alimentos aumentará cerca de 2,5% em 2024, projeta FAOComércio mundial de alimentos aumentará cerca de 2,5% em 2024, projeta FAO - Foto: Canva

O comércio mundial de alimentos "aumentará cerca de 2,5%" em 2024, ultrapassando os dois trilhões de dólares (R$ 10,8 trilhões), em um contexto macroeconômico "relativamente favorável", de acordo com um relatório publicado nesta quinta-feira (12) pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).

A agência se baseia principalmente na previsão de crescimento econômico global para 2024 do Fundo Monetário Internacional, "estável" em 3,2%, bem como na do Banco Mundial, que prevê que os preços da energia e dos produtos agrícolas vão continuar em queda.
 

"Espera-se que a combinação desses fatores sustente as receitas e estimule a demanda por importações de alimentos no mundo, o que poderia aumentar a conta global de alimentos em mais de 50 bilhões de dólares (R$ 270 bilhões) em 2024", de acordo com as estimativas da FAO.

A agência da ONU adverte, no entanto, que essas projeções podem ser influenciadas por "vários fatores de risco", como "a escalada das tensões geopolíticas", "fenômenos climáticos que afetam a produção agrícola", "perturbações na cadeia de abastecimento, como o recente aumento nos custos do transporte marítimo", após os problemas no mar Vermelho e no Canal do Panamá, e "a imposição de restrições comerciais".

Em 2023, o comércio internacional de alimentos permaneceu relativamente estável (+0,4%), após os importantes aumentos de 2021 (+18%) e 2022 (+11%), marcados respectivamente por uma forte inflação pós-crise sanitária e pela guerra na Ucrânia.

A fatura foi impulsionada no ano passado pelos gastos com açúcar (+12,7%) e com frutas e vegetais (+6,5%). Esses aumentos compensaram em grande parte a diminuição do custo de óleos animais e vegetais (-12,2%), cujos preços mundiais haviam caído.

A FAO estima que "o suprimento da maioria dos principais produtos alimentícios mundiais será suficiente em 2024-2025".

Veja também

iFood lança portal de dados e diz que entregadores trabalham 31,1 horas mensais pelo app
trabalhadores

iFood lança portal de dados e diz que entregadores trabalham 31,1 horas mensais pelo app

Desenvolvimento da IA não pode depender de "caprichos"do mercado, alertam especialistas da ONU
Inteligência Artificial

Desenvolvimento da IA não pode depender de "caprichos"do mercado, alertam especialistas da ONU

Newsletter