Economia

Comissão do Congresso aprova relatório da LDO de 2024 com meta de déficit zero

Aprovação do texto impede governo de alterar alvo das contas públicas por mensagem de Lula

Congresso NacionalCongresso Nacional - Foto: Antônio Cruz/ Agência Brasil

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A Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso aprovou, nesta terça-feira (7), o relatório preliminar da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024 sem uma mensagem presidencial que preveja a alteração da meta de zerar o déficit fiscal no ano que vem. Agora, para mudar a meta, o governo precisaria de uma emenda de algum parlamentar aliado e passaria a depender de uma articulação política, já que isto dependeria do apoio 171 deputados e 27 senadores.

A aprovação do relatório preliminar ocorre após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter dito, em café da manhã com jornalistas no mês passado, que a meta fiscal não deve ser alcançada. Na época, o relator da LDO, o deputado Danilo Forte (União-CE), afirmou que o parecer até poderia rever a meta fiscal, desde que isto fosse “consenso” entre os parlamentares. Entretanto, depois disto, o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (Sem partido-AP), declarou que o Poder Executivo não enviaria uma mensagem presidencial modificando a intenção de zerar o déficit fiscal e que uma eventual mudança ou não na meta vai depender da capacidade do Congresso em aprovar iniciativas que aumentem a arrecadação.

De acordo com Randolfe, o relatório aprovado nesta terça foi construído junto com o governo.

Para alcançar a meta de zerar o déficit, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ainda conta com a aprovação de iniciativas que aumentam a arrecadação. No Senado ainda faltam serem aprovados os projetos que taxam os fundos exclusivos e offshores e a regulamentação das apostas esportivas. Na Câmara, ainda está pendente de aprovação a subvenção do ICMS, que disciplina a concessão de benefícios fiscais, e a repatriação de recursos no exterior.

Mesmo após a fala de Lula, Haddad evitou falar em rever a meta. Apesar de ser defendido pelo ministro da Fazenda, a meta fiscal é alvo de críticas de parlamentares do próprio PT de Lula. A avaliação de uma ala do governo é que isso representaria contingenciamento no orçamento, algo que seria ruim principalmente em ano de eleições municipais, como é 2024.

A partir desta quarta, de acordo com cronograma divulgado por Forte, os parlamentares poderão apresentar emendas ao projeto até o próximo dia 16. O relatório final seria apresentado no dia 18 e votado no dia 22.

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