Compesa investe R$ 478,9 milhões para agilizar reparos de vazamentos e troca de tubulações
Companhia diz ser natural haver volume maior de intervenções nas vias públicas
A Compesa iniciou este ano uma nova modelagem contratual de manutenção de redes de abastecimento de água. Serviços como conserto de vazamentos, pavimentação, troca de ramais, novas ligações e substituição de trechos críticos de tubulações antigas que apresentam fragilidades, têm passado por uma nova metodologia contratual, de performance.
A atualização tem o objetivo de garantir a eficiência na prestação dos serviços e maior agilidade nas atividades de manutenção, com a redução do prazo para execução dos serviços de reparo e recomposição do asfalto, que estão sendo feitos em até 4 dias a partir da data de pedido. Nos contratos anteriores esse prazo poderia chegar a até 28 dias.
A expectativa é de que nos próximos cinco anos a Compesa invista R$ 368,9 milhões nessas medidas. A iniciativa, de acordo com a companhia, irá reduzir perdas e propiciar mais água nas torneiras em toda a Região Metropolitana do Recife. O diretor da Regional Metropolitana da Compesa, Flávio Coutinho, destaca os investimentos que a companhia tem aplicado no município do Recife.
"Além dos investimentos na melhoria dos serviços de manutenção, a Compesa tem aportado um montante de mais R$ 50 milhões em modernização da rede de distribuição de água. Com esse recurso, já foi iniciada a troca de 1,6 quilômetros de tubulações antigas, de um total de 10 quilômetros previstos neste contrato, que estavam prejudicando o fornecimento de água de vários bairros. Quando essas ações forem finalizadas, até abril de 2026, a Compesa irá garantir mais água para 41 bairros da capital pernambucana", disse.
Segundo o diretor, outros investimentos em expansão dos sistemas de abastecimento de água vêm sendo realizados em vários bairros do Recife, entre eles, ações nos morros da Zona Norte, na ordem de R$ 60 milhões, que irão solucionar um problema histórico de falta d'água na região.
Intervenções
Diante do aumento dos investimentos no Recife é natural que haja um volume maior de intervenções nas vias públicas que, segundo a companhia, estão sendo planejadas e executadas de forma a causar o menor impacto possível no cotidiano da população.
Sobre às multas aplicadas pela Emlurb, a Compesa esclarece que atua conforme prescreve a legislação, o que diz respeito à classificação das ações realizadas, a exemplo dos serviços executados na Avenida Antônio de Góes, no bairro do Pina, e na Avenida Saturnino de Brito, no bairro de São José. Essas são intervenções que precisavam ser feitas para não comprometer o fornecimento de água dos bairros de Brasília Teimosa e Pina.
A depender da gravidade, até mesmo as intervenções planejadas, quando não aprovadas em tempo, podem em algum momento se tornar emergenciais. As intervenções emergenciais são facultadas à Compesa mediante amparo legal (parágrafo 1 do artigo 4, da Lei 18.355/17).
Divergência
O quantitativo de 170 multas anunciado pela Prefeitura do Recife, segundo a Compesa, diverge do número recebido pela Companhia, que é de 137 notificações. Já foram emitidas defesas para todas estas apresentadas, que estão sendo acompanhadas em reuniões específicas com representantes da prefeitura. Do valor total das multas aplicadas, 87% foram decorrentes de contratos de manutenção de redes vigentes até o ano de 2023.
Todas as notificações de multas passam por análises técnicas e jurídicas para fundamentar os recursos cabíveis a serem apresentadas pela companhia. Para garantir os serviços à população, a companhia diz manter o diálogo com todas as prefeituras pernambucanas na busca de entendimento e esclarecimentos sobre as atividades que a empresa realiza, o que não é diferente com a Prefeitura do Recife.