Complexo de Suape terá suporte internacional para desenvolver hidrogênio verde
O projeto faz parte da primeira fase da chamada bilateral Brasil-Alemanha pelo Senai e pela Federação Alemã de Associações de Pesquisa Industrial (AIF)
O Complexo de Suape foi selecionado para participar da chamada bilateral Brasil-Alemanha para desenvolver tecnologias destinadas à produção de hidrogênio verde (H2V). O projeto selecionado foi o centro de testagem de projetos inovadores com foco no combustível do futuro do Complexo de Suape, o TechHub. O anúncio foi divulgado durante a Feira de Hannover, na Alemanha, que acontece até sexta-feira (21). O montante total de financiamento será de R$21 milhões.
Segundo o diretor-presidente de Suape, Marcio Guiot, essa é uma grande conquista para o complexo, que tem como prioridade o cuidado com o meio ambiente.“O cuidado com o meio ambiente é uma das nossas prioridades e com a consolidação do TechHub, vamos empreender todos os esforços para nos tornar referência internacional na produção do combustível do futuro”, afirma o diretor-presidente de Suape, Marcio Guiot. Os projetos selecionados serão submetidos a uma segunda fase, prevista para ter início em julho, com resultado divulgado em setembro. As propostas escolhidas terão que ser desenvolvidas no prazo de 12 a 36 meses, com início previsto para 2024.
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A coordenação do projeto será realizada pelo Instituto Senai de Inovação em Tecnologia da Informação e Comunicação (TICs), do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). De acordo com o diretor de Sustentabilidade do atracadouro pernambucano, Carlos Cavalcanti, o objetivo é transformar o Complexo de Suape em um laboratório vivo de pesquisa, desenvolvimento e inovação com foco no combustível sustentável, tornando-o uma matriz energética limpa, com capacidade de produção para consumo próprio, distribuição para o Nordeste, outras partes do país e até mesmo para o exterior.
Além do TechHub de Suape, outras duas aplicações vão se concentrar em polos de desenvolvimento tecnológico no Brasil, como o Parque Senai Cimatec, na Bahia, e o Centro Verde de Hidrogênio de Balbina, no Amazonas. O objetivo é conectar projetos de transição energética em andamento, para acelerar rotas tecnológicas e conexão com empresas produtoras e consumidores de hidrogênio verde.
“Uma grande oportunidade para o Brasil, dado que temos a matriz energética mais limpa do mundo e uma capacidade impressionante de produção de hidrogênio verde para consumo próprio e para distribuição mundial”, avalia o diretor de Inovação e Tecnologia do Senai, Jefferson Gomes, que participa da feira em Hannover.
O Reino Unido é outro parceiro importante para o desenvolvimento de pesquisas e produção de hidrogênio verde. Em março deste ano, durante a realização do Hydrogen Opportunities in Brazil, em Londres, o diretor-presidente da Suape, Marcio Guiot, e o diretor de Sustentabilidade da empresa, Carlos Cavalcanti, tiveram a oportunidade de apresentar o potencial estratégico de Suape e os projetos de H2V em andamento e previstos no complexo para uma plateia composta por empresários do setor de energias renováveis e pesquisadores da área.