Comércio

Confiança do Empresário do Comércio de Pernambuco tem o valor mais baixo em 11 meses

No Brasil, o índice chegou aos 111,3 pontos

Foto: Fecomércio - divulgação

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) ganhou um recorte especial para o estado de Pernambuco, feito pela Fecomércio-PE. O objetivo da sondagem do ICEC é mensurar o nível de confiança dos empresários e as tendências de ações empresariais nos segmentos do varejo, como a propensão para investir e para contratar funcionários. Os dados são obtidos junto a 335 empresas da capital pernambucana. Segundo a pesquisa, em abril de 2023, o ICEC em Pernambuco apresentou o menor valor desde maio de 2022, alcançando 113,3 pontos.

A confiança do empresário pernambucano está em queda desde novembro do ano passado. As repercussões da alternância de poder na política nacional e estadual deixam os empresários incertos em relação às perspectivas futuras da economia e dos empreendimentos. Além disso, o alto endividamento e a alta inadimplência das famílias têm prejudicado os negócios, colocando dificuldades ao fluxo de caixa das empresas e aumentando o risco de crédito para os credores.

Para o mês de abril, o ICEC destaca que o grupo de atividade dos não duráveis (comércio de alimentos, roupas e calçados) está mais pessimista em relação às condições atuais da economia brasileira. O índice de inflação (IPCA) do IBGE registrou neste mês de março uma inflação acumulada em 12 meses de 12,48% em Recife para o setor de vestuário, o que tem impactado tanto o poder de compra dos consumidores quanto as expectativas de vendas das empresas.

Por outro lado, as empresas menores, com até 50 funcionários, têm uma expectativa positiva de contratação de funcionários para os próximos meses. Cerca de 59% dessas empresas afirmam que vão aumentar muito ou aumentar um pouco o quadro de colaboradores. Isso indica uma perspectiva positiva para o emprego no estado, com destaque para o setor de semiduráveis, no qual 58% das empresas acreditam que vão empregar mais nos próximos meses.

“O momento para adquirir bens duráveis não é favorável para o consumidor, uma vez que o endividamento e inadimplência das famílias apresentam números preocupantes em Pernambuco. Entretanto, no dia 20 de abril o Governo Federal divulgou 13 medidas para incrementar o crédito, entre elas a alteração da Lei dos Superendividados, que recalcula a fatia da renda que não pode ser comprometida com dívidas (debitadas no consignado ou bloqueadas por bancos), a qual deixa de ser R$303 e passa a R$600. Isso tende a estimular o consumo", destaca o economista da Fecomércio, Rafael Lima.

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