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ÍNDICE DE CONFIANÇA

Confiança dos empresários do Comércio permanece estável, revela pesquisa

Redução da taxa Selic ajuda a explicar a formação empresarial dessas expectativas

Federação do Comércio de Bens, SFederação do Comércio de Bens, S - Foto:

De acordo com a análise local realizada pela Fecomércio-PE, neste mês de setembro, o Índice de Confiança dos Empresários do Comércio (Icec/CNC) em Pernambuco permaneceu estável, sem grandes oscilações. Essa estabilidade pode ser atribuída, em parte, à redução da taxa Selic, uma medida tomada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) em sua última reunião, que reduziu a taxa de 13,25% para 12,75%. Essa mudança na política monetária teve um impacto positivo nas expectativas dos empresários em relação ao consumo e ao desenvolvimento de novos projetos.

Além disso, no cenário econômico atual, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), que é uma prévia da inflação calculada pelo IBGE, registrou uma inflação de 0,35% no Brasil e 0,23% em Recife para o mês presente.

Em relação ao setor de bens não duráveis, como alimentos, bebidas, combustíveis e medicamentos, 59,6% dos comerciantes afirmam que as condições atuais melhoraram. Esse otimismo está alinhado com um aumento de 2,3% nas previsões de consumo em Pernambuco, conforme revelado pela pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) da CNC.

É importante destacar que gestores de empresas menores, com até 50 funcionários, têm uma perspectiva positiva em relação à contratação de novos colaboradores nos próximos meses, com cerca de 73,6% planejando aumentar seu quadro de funcionários. Isso é especialmente notável no setor de semiduráveis, como vestuários, calçados e perfumes, onde 71,7% dos empresários planejam expandir sua equipe.

No entanto, sobre os bens duráveis, como geladeiras, máquinas de lavar e fogões, o Icec/CNC indica que os empresários permanecem pessimistas em relação às condições econômicas atuais no Brasil. Essa percepção está em linha com a pesquisa do ICF/CNC, que mostra que a maioria dos consumidores (50,1%) acredita que este não é um bom momento para adquirir bens duráveis.

O economista da Fecomércio-PE, Rafael Lima, observa que  o movimento lateral do Icec/CNC em setembro reflete a sensibilidade dos empresários às políticas fiscais expansionistas do Governo Federal, às medidas do Banco Central e à confiança do consumidor.

"Essa sensibilidade é evidenciada pelas decisões do Copom e pelo aumento do IPCA-15, que influenciam as expectativas empresariais. Por outro lado, o setor de alimentos e bebidas continua registrando deflação, o que beneficia especialmente as famílias de baixa renda, com uma variação acumulada de -1,81% no trimestre", disse. 

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