Retrospectiva

Confira os 10 principais fatos que marcaram a economia em 2021

EconomiaEconomia - Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

2021 foi de reviravoltas na economia. A expectativa na virada do ano era de recuperação, mas surpresas em série mudaram o cenário. Se por um lado o avanço da vacinação contra a Covid-19 trouxe a gradativa reabertura das atividades, a escalada dos preços provocou um inesperado efeito negativo em cadeia. O IPCA deve encerrar os 12 meses com alta de dois dígitos. A taxa Selic teve sete altas seguidas e atingiu 9,25% em dezembro. A seca comprometeu a geração de energia, forçando elevados reajustes nas tarifas. O PIB entrou em recessão técnica e o emprego só começou a trazer alento no fim do ano. Resta saber agora se o cenário político vai permitir uma folga em 2022.

1 - PIB entra em recessão técnica
A expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2021 era de recuperação robusta, mas o País entrou em recessão técnica após cair 0,4% no segundo trimestre e -0,1% no terceiro trimestre. Apesar do desempenho pífio no período, economistas de mais de 100 bancos acreditam que o PIB vai fechar em alta de 4,5% em relação a 2020 - o primeiro ano da pandemia.

Banco Central do BrasilBanco Central do Brasil | Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

2 - Gasolina, energia e dólar elevam inflação
A combinação de alta do dólar, da gasolina e da conta de luz (impactada pela estiagem que afetou os reservatórios usados para produção de energia) provocou uma escalada nos preços, levando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) a atingir 10,74% no acumulado do ano até novembro. Enquanto isso, o centro da meta da inflação oficial é de 3,75% para 2021.

IPCA atingiu 10,74% no acumulado do ano até novembroIPCA atingiu 10,74% no acumulado do ano até o mês de novembro | Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

3 - Juros básicos chegam a 9,25%
A taxa Selic sofreu a sétima alta seguida e fechou 2021 em 9,25% ao ano - maior patamar desde 2017. A expectativa é de novo ajuste de 1,5 ponto percentual na taxa na primeira reunião do Copom de 2022. A Selic é usada para conter a inflação e a avaliação do Banco Central é que a perspectiva de elevação dos gastos públicos por conta da pandemia deve elevar o risco fiscal e pressionar os preços.

Economistas afirmam prever uma Selic próxima de 12% ao ano no início de 2022Economistas projetam uma taxa Selic com aumento de 1,5% já na primeira reunião do Copom em 2022 | Foto: Pixabay

4 - Gasolina acumula 73% de alta
Pressionada pelos preços internacionais, a gasolina registrou sucessivos reajustes no ano. O então presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, acabou sendo demitido, o que deixou o mercado financeiro desconfiado quanto ao uma intervenção pública na companhia. Segundo o IPCA, a gasolina foi o produto que sofreu mais reajustes em 2021. Foram 11 aumentos, que somaram 73% de elevação.

A gasolina foi o item que mais contribuiu para a inflaçãoA gasolina foi um dos itens que mais contribuiu com a inflação | Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

5 - Crise hídrica eleva risco energético
Este ano, muito se ouviu falar no agravamento da crise hídrica. Os reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste, que são responsáveis por cerca de 70% da geração hídrica do Brasil, alcançaram níveis baixíssimos, sendo considerada a maior estiagem dos últimos 91 anos.

Barragem de Furnas, em Minas Gerais, com baixo volume de águaBarragem de Furnas em Minas Gerais, com baixo volume de água | Foto: Douglas Magno/AFP

6 - Nova bandeira eleva conta de luz
Com o problema da crise hídrica, o governo brasileiro precisou acionar as usinas térmicas, mais caras e mais poluentes, para a geração de energia. Por causa dessa geração mais cara, o governo criou a bandeira tarifária Escassez Hídrica - que entrou em vigor no dia 1° de setembro de 2021 -, com valor extra de R$ 14,20 a cada 100 kWh consumidos, encarecendo a conta dos consumidores brasileiros.

Conta de luzConta de luz | Foto: Rafael Furtado/Folha de Pernambuco

7 - Ano fecha com 13,5 milhões de pessoas sem emprego
O ano de 2021 foi difícil para os trabalhadores. Mas, lentamente, a taxa de desemprego cedeu e o terceiro trimestre do ano fechou com uma população desocupada de 13,5 milhões de pessoas. O índice é 9,3% que o do trimestre terminado em junho, quando havia 14,8 milhões de brasileiros sem emprego. A informalidade foi o caminho encontrado por milhões de pessoas.

Carteira de TrabalhoCarteira de Trabalho | Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil 

8 - Avanço da vacinação traz alívio econômico
Um dos motivos para a volta do otimismo na economia brasileira se deu por conta do avanço no ciclo de vacinação contra a Covid-19. Atualmente, são mais de 141 milhões de brasileiros protegidos com as duas doses ou dose única da vacinação, o que corresponde a mais de 66% da população.

Vacina contra a Covid-19Vacina contra a Covid-19 | Foto: Divulgação/Prefeitura de Vitória de Santo Antão 

9 - Reabertura econômica anima empresas
Com a vacinação contra a Covid-19, foi possível a reabertura das atividades econômicas. Em Pernambuco, as atividades reabriram de forma gradual ainda em 2020, e em 2021 com o avanço da vacinação o funcionamento da maior parte dos setores econômicos retomou as atividades mais intensas, porém com protocolos específicos de atuação.

Comprovante da vacina contra a Covid-19Comprovante de vacina contra a Covid-19 é um dos itens para acessar estabelecimentos em Pernambuco | Foto: Ed Machado/Folha de Pernambuco

10 - Auxílio Brasil é criado 
O ano de 2021 foi marcado também pela aprovação do Auxílio Brasil, programa que substitui o Bolsa Família e mudou critérios para recebimento do benefício. O benefício promete pagar R$ 400 para o beneficiário, a depender da adequação aos requisitos do programa.

Auxílio BrasilAuxílio Brasil | Foto: Alfeu Tavares/Folha de Pernambuco

Veja também

iFood lança portal de dados e diz que entregadores trabalham 31,1 horas mensais pelo app
trabalhadores

iFood lança portal de dados e diz que entregadores trabalham 31,1 horas mensais pelo app

Desenvolvimento da IA não pode depender de "caprichos"do mercado, alertam especialistas da ONU
Inteligência Artificial

Desenvolvimento da IA não pode depender de "caprichos"do mercado, alertam especialistas da ONU

Newsletter