Conselho trabalhista dos EUA ratifica histórica votação para sindicalizar funcionários da Amazon
A gigante do varejo vai recorrer da decisão. Caso pode refletir nas relações com funcionários da empresa em todo o mundo
O Conselho de Relações Trabalhistas (NLRB) dos EUA rejeitou, nessa quarta-feira (11), as objeções da Amazon para sindicalizar os trabalhadores de um dos armazéns da gigante do varejo.
A agência federal não aceitou os argumentos da empresa contra a votação histórica, realizada no ano passado, em seu depósito em Staten Island, Nova York. Em um comunicado, o conselho trabalhista determina que a empresa "deve, agora, negociar de boa-fé com o sindicato ou solicitar uma revisão" da decisão.
Os funcionários da Amazon votaram de forma esmagadora, no fim de março de 2022, a favor de ingressar no Sindicato dos Trabalhadores da Amazon (ALU). No entanto, a empresa acusou o sindicato de intimidar os trabalhadores, e o escritório local do NLRB de facilitar sua vitória.
“Este é um grande momento para o movimento trabalhista”, escreveu o vice-presidente da ALU, Derrick Palmer, no Twitter, acrescentando que continuará a “lutar por melhores contratos para todos os trabalhadores da Amazon em todo o mundo”.
Uma porta-voz da Amazon antecipou que a empresa tentará recorrer da decisão: "Sabíamos que era improvável que o escritório regional do NLRB decidisse contra", disse Kelly Nantel.
“Como dissemos desde o início, não acreditamos que este processo eleitoral tenha sido justo, legítimo ou representativo da maioria do que nossa equipe deseja”, completou.
O caso foi transferido para o escritório do NLRB em Phoenix, Arizona, onde um funcionário determinou que algumas objeções poderiam ocorrer e ordenou uma audiência.
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Em uma eleição em outro armazém da Amazon, no Alabama, em 2021, onde um sindicato votou "não", a agência ordenou uma nova votação, argumentando que a empresa violou as regras dos EUA sobre trabalho organizado.