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TCU

Consulta do governo sobre piso da saúde e educação será julgada em até 15 dias no TCU

Bruno Dantas diz que não haverá "qualquer interrupção" na análise

Bruno Dantas, presidente eleito do Tribunal de Contas da União Bruno Dantas, presidente eleito do Tribunal de Contas da União  - Foto: Reprodução/Tribunal de Contas da União

O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, afirmou nesta quinta-feira que a análise do órgão sobre a aplicação do piso da saúde e educação neste ano será julgada no prazo de 15 dias. Ele acrescenta que a consulta não será interrompida.

Ontem, o Senado aprovou um projeto de lei com a previsão de elevar em até R$ 5 bilhões os gastos com a saúde em 2023, para aplicação do piso. O texto seguiu para a sanção do presidente Lula. É um valor menor que os R$ 20 bilhões que precisariam ser aplicados caso o piso fosse pago integralmente.

A equipe econômica oficializou na última semana uma consulta ao TCU sobre a possibilidade de aplicação dos pisos constitucionais de saúde e educação só a partir de 2024, e não no exercício de 2023.

— Temos a expectativa de julgar essa consulta em no máximo 15 dias. Evidente que com a aprovação do PL pelo Senado, talvez alguma análise suplementar precise ser feita, mas isso tudo vai ser visto pelo relator. Não há qualquer interrupção — disse, ao ser questionado sobre o projeto.

O pedido está em uma unidade de auditoria especializada. Bruno Dantas disse que a previsão é que os técnicos encerrem a análise amanhã e o parecer seguirá para o gabinete do relator sorteado, o ministro Augusto Nardes. Posteriormente, a previsão é de ser encaminhado para o plenário do TCU.

— Tenho certeza que o ministro Fernando Haddad (da Fazenda) já conversou com o ministro Augusto sobre a urgência dessa consulta — disse o presidente do TCU.

O fator para a insegurança é que os pisos da saúde e educação voltaram a valer com a nova âncora para as contas públicas (aprovada no meio do ano), mas não ficou claro a partir de quando haveria a validação desses gastos mínimos.

Isto é, a destinação mínima de 15% da chamada receita corrente líquida (RCL) para despesas na área da saúde, bem como 18% da receita líquida de impostos para os gastos com a educação.

Sob a cobertura do teto de gastos, que limitava o crescimento das despesas à inflação registrada no ano anterior, os pisos não estavam valendo.

No cenário de maior impacto, o governo poderia ser obrigado a aumentar em cerca de R$ 20 bilhões o montante de verbas para saúde especificamente neste ano, tirando recursos de outras áreas. O ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, expressou risco de paralisação da máquina pública

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