Consumidores estão confiantes de encontrar preços baixos na Black Friday e nas roupas de fim de ano
É necessário ficar alerta aos preços e qualidade dos produtos para não cair em golpe
Fim de ano chegando e, com ele, as ofertas que permeiam essa época. A famosa Black Friday, que acontece na sexta-feira, dia 24 de novembro, é uma das promoções mais esperadas do ano.
As lojas prometem os mais variados descontos, sendo eles de 20%, 50% ou até 70%. Mas é preciso que os clientes fiquem atentos para não cair em golpes ou situações indesejadas durante as compras na reta final do ano.
A projeção da Câmara de Dirigentes Lojistas do Recife (CDL) é de que as vendas da Black Friday e final de ano cresçam entre 8% e 10%, em relação a 2022. Os lojistas, segundo o órgão, estão animados para o comércio.
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Nos estabelecimentos comerciais do Centro do Recife, a alta movimentação já é percebida. Geralmente, o fluxo é mais intenso agora do que em outros momentos.
Os consumidores estão confiantes de encontrar bons preços durante as pesquisas, seja nos grande shoppings ou nas lojas mais populares e de preço único, como as de R$ 17, R$ 20 ou R$ 25.
Vitória Ferreira é uma dessas pessoas. A estudante, de 22 anos, foi até uma loja de calçados do shopping Boa Vista procurar uma papete feminina para as comemorações de fim de ano. Ela está otimista nas buscas.
“Eu estou tentando ver algo que caiba no meu orçamento. Chegando o fim de ano, as coisas aumentam. Por isso eu vim logo para ver se consigo comprar produtos em conta. Quem sabe na Black Friday também vou encontrar algo que caiba no meu bolso”, disse ela, que buscava por um produto de até R$ 100.
Para evitar transtornos na hora de escolher a roupa certa para o final do ano, o professor de Física Everton Macedo, de 36 anos, adiantou as compras e já adquiriu os trajes que vai passar o Natal e o Ano Novo. O adiantamento nas compras também serviu para evitar fraudes na hora de escolher o produto.
“Eu pesquisei em quatro lojas [de shopping]. Algumas camisas estão com um preço interessante, dentro do meu orçamento. Outras [sociais, de botão] estão numa faixa mais abusiva. Mas, a princípio, as ofertas são acessíveis. As [camisas] de malha estão com um preço legal”, salientou.
A avenida Conde da Boa Vista, no Centro do Recife, está repleta de lojas com preço único. Duas inauguraram nos últimos dois meses. Esses estabelecimentos comerciais dispõem de diversos itens dos mais variados segmentos.
Em uma loja que já existe há dois anos e tem preço fixo de R$ 17, os clientes podem encontrar camisas, bermudas, shorts e roupas íntimas.
A cabelereira Janaína Feijó, de 36 anos, foi conferir peça por peça para garantir o look do Réveillon. A fila na parte externa da loja era grande. Os clientes queriam aproveitar os preços, mas faltou espaço.
“Eu vim tentar aproveitar as ofertas. As coisas não estão muito boas. Estão melhorando, aí a gente vai tentando comprar as coisas. Eu trouxe R$ 300 para gastar. Estou vigilante aqui para não cair na black fraude”, observou.
Andando um pouco mais, a equipe de reportagem encontrou Flávia Carneiro. Ela, que é recepcionista e tem 41 anos, disse estar aguardando receber dinheiro para adquirir a roupa da família. Flávia foi à loja de R$ 20.
“Eu vim fazer uma pesquisa prévia de valores. Mas as compras reais só serão feitas quando sair a primeira parcela do 13º salário. Eu não costumo comprar peças brancas, porque eu gosto de usar essas roupas após o período festivo”, revelou ela, que gasta, em média R$ 3 mil para vestir a família toda no Natal e Ano Novo.
Na loja de R$ 25, onde o leque de produtos é ainda maior, por envolver peças relacionadas à cama mesa e banho, a dona de casa Tânia Lira, de 53 anos, foi comprar uma roupa para o neto. Ele vai usar os presentes da avó para a passagem de ano.
“Eu consegui achar um par de roupas para ele. Agora, eu vou procurar mais. O preço está acessível para todo mundo, só quem tem gente que gosta exclusivamente de coisas caras. Eu que não caio nessa. Eu prefiro coisas baratas, bonitas e que vistam bem. Esse ano eu não vou aproveitar a Black Friday”, pontuou a mulher.
O advogado Marcelo Carvalho, da área de recuperação de crédito, dá dicas aos lojistas e clientes.
"Ao lojista, é importante se certificar que as plataformas que expõem os seus produtos possuem certificados de segurança, além de sistemas antifraude. Já o consumidor deve se certificar quanto a compra dos produtos, os sites e os endereços que estão sendo utilizados e manejados para adquirir aquele determinado produto e, na hora do pagamento, se certificar que aquele beneficiário é realmente quem vendeu aquele determinado produto", explica ele.