Consumo de gás natural no País atinge 52,456 milhões de m³ por dia em 2024, segundo a Abegás
Volume representa uma alta de 0,7% em comparação a 2023. No ano passado, o destaque foi a demanda de gás para a produção de energia em usinas termelétricas
O consumo de gás natural no Brasil alcançou 52,456 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d) em 2024, alta de 0,7% em base anual de comparação. Os dados são da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás).
O destaque do ano foi a demanda de gás para se produzir energia em usinas termelétricas, que aumentou 22,9% no período, para 14,662 milhões de m³/d, puxado pelos despachos do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
No segmento comercial, a alta foi de 2,4%, atingindo 897,6 mil m³/d, enquanto no segmento residencial a alta foi de 1,4%, a 1,456 milhão de m³/d, segundo a Abegás.
Queda
Por outro lado, o consumo industrial de gás caiu 3,6% no ano passado, para 28,386 milhões de m³/d. O consumo no segmento automotivo caiu 14,3% no acumulado do ano passado, para 4,569 milhões de m³/d. Também houve retração no consumo de gás para cogeração, que recuou 28,4%, para 1,317 milhão de m³/d.
Segundo o diretor técnico comercial da Abegás, Marcelo Mendonça, a retração nesses segmentos é decorrente do custo da molécula no País, considerado alto.
Leia também
• Em evento com Lula, Petrobras anuncia licitação para construir oito navios para transporte de gás
• ANP aprova consulta prévia de Nota Técnica sobre tarifas de transporte de gás natural
Para ele, apesar dos avanços na abertura de mercado, efetivamente houve pouca melhora no ambiente concorrencial e, consequentemente, nos preços do gás. "Ainda temos baixa concorrência na oferta de molécula de gás e isso vem se refletindo nos números", explicou.
Mendonça criticou, ainda, subsídios ao Gás Natural Liquefeito (GNL), os quais o gás natural não tem. Ele disse, ainda, que o uso em veículos pesados, como caminhões e ônibus, pode ser uma avenida de crescimento para destravar demanda.