Contas públicas registram déficit de R$ 79 bilhões no acumulado do ano e dívida bruta sobe
No mês de agosto, o chamado setor público consolidado teve déficit de R$22,8 bilhões
As contas do setor público consolidado (Governo Federal, Previdência e Banco Central) registraram um déficit primário de R$79 bilhões nos oito primeiros meses deste ano, piorando em relação ao mesmo período de 2022, quando as contas públicas haviam registrado um superávit de R$120,05 bilhões.
No mês de agosto, esse saldo foi negativo em R$22,8 bilhões, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (29) pelo Banco Central. No mesmo mês de 2022, o déficit foi superior, ficando em R$30,3 bilhões.
Para o oitavo mês deste ano, foi o governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e BC) que puxou as contas para o negativo, com déficits de R$26,2 bilhões. O número foi parcialmente compensado pelo superávit de R$2,5 bilhões nos governos regionais e de R$866 milhões nas empresas estatais.
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O dado do BC é sempre divulgado um dia após o número do Tesouro Nacional, que já havia anunciado, na quinta-feira (28), um déficit de R$26,35 bilhões em agosto.
Por sua vez, a dívida bruta do governo geral (Governo Federal, INSS e governos estaduais e municipais) ficou em 74,4% do PIB ou R$7,8 trilhões. Houve uma alta de 0,4 ponto percentual em relação ao resultado de julho.
Uma das metas da equipe econômica é estabilizar a dívida bruta do governo para baixo do nível de 75% do PIB até 2026.