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Copa do Catar: se PIB fosse o critério, quem seria o vencedor? Gestora simula resultado jogo a jogo

Nenhum dos favoritos no futebol levaria a 'taça econômica'

Taça da Copa do Mundo Taça da Copa do Mundo  - Foto: Divulgação / Fifa World Cup

Se no gramado países como o Brasil, Alemanha, França e Argentina são considerados como favoritos para ganhar a Copa do Mundo do Catar, o mesmo não pode ser dito se a competição fosse disputada no campo econômico. Aliás, o resultado seria bem surpreendente e teríamos um campeão inédito ao fim do evento.

Essa é a conclusão de uma análise peculiar realizada pela XP Investimentos. Em relatório, os analistas da corretora realizaram uma simulação sobre quais seriam os resultados caso a Copa do Mundo fosse decidida pela variação do Produto Interno Bruto (PIB) entre 2019 e 2022.

Outros talentos contam
Desde o último mundial, na Rússia, os países passaram por uma série de obstáculos no campo esportivo e, principalmente, no econômico. O avanço da Covid-19 desregulou as cadeias produtivas ao redor do mundo. Além disso, a necessidade de adoção de medidas restritivas obrigou nações a lançar pacotes de estímulo econômico.

Na competição dos PIBs, portanto, a forma como cada país lidou com a pandemia, as resiliências de suas economias e algumas particularidades de cada nação são fatores determinantes. O talento individual de jogadores faz pouco preço nesse caso.

E, claro, é sempre necessário um pouco de sorte no sorteio.

O PIB é a medida de toda a produção de bens e serviços em determinado período. Ele não reflete a riqueza de um país, em estoque, mas tudo o que foi produzido durante o período de tempo analisado.

Para os cálculos, os analistas da XP avaliaram o crescimento já descontando o efeito da inflação, ou seja, o crescimento ou retração real das economias.

Quais as regras?
Nas simulações, a disputa ocorreu seguindo o chaveamento do campeonato da Fifa, com as seleções distribuídas em oito grupos com quatro participantes cada e avanço posterior para as fases de “mata-mata”.

A vitória em cada etapa do torneio é determinada pelo confronto entre países com base no crescimento acumulado do PIB entre 2019 e 2022.

No caso de 2022, foram utilizadas as projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI). Então, ainda há espaços para surpresas até o evento.

Favoritos no campo desapontam
A maioria dos países que já conquistaram a competição, como Inglaterra, Argentina, França, Espanha, Uruguai e Brasil, não se qualificaria para as oitavas-de-final. Apenas a tetracampeã Alemanha se classificaria, em segundo lugar, no Grupo E.

No Grupo G, que inclui o Brasil, Sérvia e Camarões avançariam na primeira fase. Esses dois países devem acumular crescimento econômico real superior a 10% entre 2019 e 2022. No caso brasileiro, a variação acumulada não deve ultrapassar 5%.

Mas nem tudo está perdido para os brasileiros. O PIB do Brasil no segundo trimestre cresceu 1,2%, acima das expectativas e possui viés de alta nas expectativas do mercado.

Ainda assim, será difícil de se classificar para a próxima fase, já que Sérvia e Camarões cresceram bastante nos últimos anos.

Final africana
Em relação às fases de confronto direto, as semifinais seriam Senegal x Sérvia e Austrália x Gana. E a final teria os dois países africanos.

Pelos cálculos da XP, Senegal seria campeã mundial. Resultado que parece improvável dentro dos gramados.

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