Economia

Correios anuncia lucro recorrente recorde de R$ 3,7 bilhões no último ano

Estatal atingiu recorde histórico após estruturação anual

Fachada de agência dos CorreiosFachada de agência dos Correios - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Nesta segunda-feira (21), os Correios anunciaram o balanço do ano de 2021. Segundo os dados disponibilizados, a empresa obteve lucro recorde de R$ 3.7 bilhões. Esse valor histórico foi maior que o apresentado em 2020, que foi oriundo de um crescimento de 101%. Através do indicador financeiro EBITDA (traduzida como Lucros antes dos juros, impostos, depreciação e amortização), ou seja, o valor final de saldo foi R$ 3,1 bilhões. 

Foi reforçado que este é o melhor índice registrado nos últimos 22 anos. A curva destaca ao projeto de recuperação financeira e de sustentabilidade econômica apresentado pela empresa. Com início em 2019, a situação demonstrava ser crítica, com risco de tornar dependente do Tesouro Nacional, o que poderia causar um passivo de R$ 14 bilhões à Administração Pública Federal.

Assim, uma série de medidas estruturantes foram tomadas inicialmente, como ajustes no corpo diretivo da administração central e das superintendências estaduais, planejamento econômico para sanear a empresa nos seis meses seguintes, suspensão de contratos de consultoria, avaliação imediata das condições das diretorias, revisão dos maiores contratos, estreitamento do contato com órgãos federais.

Na Gestão de Pessoas, foi realizada a adaptação o Acordo Coletivo de Trabalho dos empregados refletindo o praticado atualmente pelo mercado, dentro do que estabelece a CLT, propiciando uma economia de cerca de R$ 1.3 bilhão ao ano, o que representava cerca de 6% de toda a despesa da estatal. Neste levantamento também foi destacado o maior investimento em equipamentos de segurança, superando o valor investido entre 2016 e 2020, alcançando um total de R$79,8 milhões.

Somente nos últimos três anos, de acordo com a empresa, foram mais de R$ 124 milhões investidos para reduzir vulnerabilidades e ampliar o grau de proteção em todo o fluxo postal. Esses recursos, somados aos R$ 382 milhões destinados à contratação de serviços de segurança nesse mesmo período, vieram potencializar as ações de combate às ilegalidades. 

Segundo os Correios, ao tentar impulsionar uma economia uniforme, a empresa registrou recordes no fluxo de encomendas, ao realizar o aprimoramento e o lançamento de novas plataformas digitais. Na última Black Friday, 18,9 milhões de encomendas foram recebidas, sendo 3,4 milhões no período de 24 horas. Durante as datas promocionais, o comércio eletrônico registrou o crescimento de volumes acima de 40%, ante 2020

O presidente dos Correios, Floriano Peixoto, comentou a trajetória percorrida pela empresa para atingir esses níveis de sustentabilidade e qualidade operacional.

“Superada a primeira fase do planejamento elaborado para a estatal, os resultados auferidos corroboram a eficácia das estratégias adotadas pela gestão, pois, pelo segundo ano consecutivo, a empresa registrou lucro recorde. Embora a saúde financeira da estatal, hoje em melhor situação que a verificada há três anos, ainda não tenha atingido o patamar necessário para garantir a perenidade dos negócios, é possível afirmar que o alcance de taxas de crescimento equivalentes ou superiores às do mercado se dará com mais rapidez”, disse o dirigente.
 

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