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CPI da Americanas: 'Mesmo prorrogando, não íamos chegar a nenhuma conclusão', diz relator

Carlos Chiodini admite que sai da CPI com "alguma" frustração e defende desconhecimento de acionistas e bancos

Lojas AmericanasLojas Americanas - Foto: Mauro Pimentel / AFP

O relator da CPI da Americanas, deputado Carlos Chiodini (MDB-SC), disse nesta terça-feira que, mesmo que a comissão tivesse o prazo de funcionamento prorrogado por 60 dias, não seria possível chegar a uma conclusão sobre a culpa das fraudes. Chiodini disse que sente alguma frustração, mas voltou a defender que acionistas e bancos não sabiam do esquema, já que tiveram prejuízos.

Tinha em um primeiro momento uma perspectiva de prorrogar. Mas começam a surgir fatos novos, acordos de colaboração. Mesmo prorrogando o prazo limite, que seria de mais 60 dias, não íamos chegar, no âmbito do MPF e da PF, a nenhuma conclusão de fato neste caso afirmou Chiodini

Questionado por jornalistas se o resultado o deixava com alguma sensação de frustração, ele assumiu que sim.

Alguma. Eu não sou juiz, nem acusador. As CPIs ao longo da história são assim, elas juntam subsídios para se alinhar a um processo que já é instaurado em outras esferas de poder disse.

Chiodini ainda defendeu que não seria possível também apontar indícios de culpa aos bancos que emprestaram dinheiro a Americanas e ao trio de acionistas Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles.

Me fazem perguntas: 'ah, mas os acionistas sabiam?' O percentual de perda é igual, independentemente do tamanho do acionista. E os bancos, eles sabiam e foram os que mais perderam? questionou.

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