Crise da Americanas: ministro do Trabalho diz que é fundamental preservar atividade da varejista
Em reunião com centrais, titular da pasta de Trabalho diz que governo não tem proposta para resolver problema da empresa
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho (PT-SP), se reuniu nesta segunda-feira (30), em São Paulo, com representantes das centrais sindicais e de sindicatos comerciários para discutir o caso Americanas. Ex-prefeito de São Bernardo do Campo (SP), Marinho se mostrou preocupado com a preservação dos empregos da varejista e disse que o governo ainda não tem uma proposta para enfrentar a crise.
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O intuito de vir fazer uma visita hoje a vocês (sindicatos) é ouvir mesmo. Não tem uma proposta de governo de como enfrentar (a crise). Viemos ouvir estratégias de parte dos trabalhadores. E podemos estar à disposição para dialogar junto com a empresa. É preciso muita sensibilidade, afirmou o ministro, que reforçou a preocupação com a preservação dos postos de trabalhos. O problema dos bancos não pode ser maior do que os problemas relacionados ao tema trabalho e emprego.
Marinho disse que é "fundamental" conseguir um caminho para preservar a continuidade da atividade econômica da Americanas, independente de quem seja o seu controlador. Segundo ele, trata-se, aparentemente, de um caso isolado de "irresponsabilidade empresarial".
Não parece que é um problema sistêmico, pontuou.
O ministro de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se colocou à disposição dos sindicatos para fazer "quantas conversas forem necessárias" em busca de uma solução. Mais tarde, Carlos Lupi (PDT), ministro da Previdência Social, também fará uma conversa com as centrais sindicais.
Não temos uma saída para apresentar a vocês, mas vamos pensar juntos, ouvir, concluiu o ministro, que afirmou à imprensa que vai organizar a chamada da Americanas para entender melhor seus processos.