Logo Folha de Pernambuco

Tecnologia

Data Center no Recife terá R$ 110 milhões em investimento

O Centro de Processamento de Dados, além de Estação de Aterrissagem para Cabo Submarino SeaBras-1, começarão a ser construídos em maio de 2021, beneficiando quase todo o Nordeste. Anúncio foi feito pelo governador Paulo Câmara, nesta segunda-feira

Paulo Câmara anuncia investimento de R$ 110 milhões em Data Center no RecifePaulo Câmara anuncia investimento de R$ 110 milhões em Data Center no Recife - Foto: Aluísio Moreira/SEI

Recife vai ter um Data Center e uma Estação de Aterrissagem (CLS - Cable Landing Station) para Cabo Submarino. Serão investidos US$ 20 milhões (R$ 110 milhões) na construção do Centro de Processamento de Dados, que deve aumentar a competitividade da prestação de serviços em sete estados do Nordeste. A obra será realizada pelo consórcio de investidores Recife Co., em parceria tecnológica com a Seaborn Networks, empresa sediada em Boston, nos Estados Unidos. O anúncio foi feito nesta segunda-feira, pelo governador Paulo Câmara.

Recife, já conhecida por ter um dos principais ecossistemas tecnológicos do país, o Porto Digital, vai estar agora mais próxima de grandes empresas do segmento tecnológico e da comunicação com o aporte na infraestrutura. A conexão que chegará ao Recife fará uma “ponte” com a estrutura já existente de 10,5 mil km de cabos do SeaBras-1, que começa em Nova Iorque e vai até Praia Grande, em São Paulo, pelo fundo do mar. 

Com a economia recifense representada quase 60% pelo setor de serviços, a expectativa é que sua construção, aliado ao cabo submarino, passe a ser uma vantagem competitiva de Pernambuco para atrair empresas que ainda não estão instaladas no Recife, mas dependem de comunicação direta com as Américas, Europa e Ásia.

A previsão é de que as obras sejam iniciadas em maio do próximo ano, com perspectiva de iniciar as operações em janeiro de 2022. A expectativa do grupo de investidores é que o projeto, quando atingir sua maturidade, fature até R$ 320 milhões por ano.

O Data Center é o segundo passo dado pelo consórcio de investidores, após terem anunciado os cabos submarinos em setembro do ano passado. Os cabos vão conectar Pernambuco à internet global de alta performance e reduzir o custo pela contratação de conexão de baixa latência, ou seja, com mais velocidade. As duas iniciativas juntas, significam a injeção de mais de US$ 60 milhões (R$ 330 milhões) em infraestrutura de ponta centralizada na capital pernambucana. Os cabos submarinos receberam um aporte de US$ 40 milhões (R$ 220 milhões) e serão construídos a partir de agosto de 2021. 

Segundo o governador Paulo Câmara, o investimento vai ampliar as possibilidades de negócios em todo o Estado. “São investimentos volumosos, que vão ao encontro do que a gente acredita dentro da economia do conhecimento e da melhoria da infraestrutura da rede de dados de Pernambuco. Vamos dotar o Estado de condições cada vez melhores para estarmos dentro de um contexto mundial de economia do conhecimento, economia criativa e muita geração de emprego e renda na área da tecnologia da informação.” 

Para o presidente do consórcio de investidores Recife Co, Halim Nagem, o reconhecimento de Pernambuco em outros segmentos se dá por conta do Porto Digital, e acredita na chegada de mais empresas ao Estado. “Pernambuco é reconhecidamente um polo hospitalar, um polo logístico e também de tecnologia, por conta do Porto Digital. Estamos trazendo esse projeto do cabo e do Data Center, o que facilitará a instalação de empresas, ajudará a conexão do Norte e Nordeste e Pernambuco será reconhecido também um polo de conectividade”, disse. 

O centro de tratamento de dados será acoplado às instalações da Estação de Aterrissagem (CLS - Cable Landing Station) da derivação do cabo submarino do SeaBras-1.  O Data Center é classificado como um projeto “Green Solution”, por conta do baixo consumo de água para os refrigeradores de ar e menor consumo energético para esse tipo de empreendimento. 

“Sem dúvida alguma, a chegada desses dois ativos a Pernambuco irá proporcionar um incremento nos negócios do Porto Digital, ajudando a atrair novas empresas e startups que para o nosso parque tecnológico, o que vai gerar um aumento significativo de empregos e faturamento no ecossistema da tecnologia da informação e da economia criativa no Recife e em todo o Estado”, reforça o presidente do Porto Digital, Pierre Lucena.

Veja também

Usina Angra 1 obtém licença para operar por mais 20 anos
ENERGIA NUCLEAR

Usina Angra 1 obtém licença para operar por mais 20 anos

Se não serve ao francês, não vai servir aos brasileiros, diz Fávaro, sobre decisão do Carrefour
CARNES DO MERCOSUL

Se não serve ao francês, não vai servir aos brasileiros, diz Fávaro, sobre decisão do Carrefour

Newsletter