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Economia

Davos está de volta, mas sem os bilionários russos

Após dois anos de interrupção por conta da pandemia, o Fórum Econômico Mundial está de volta ao seu cenário alpino invernal, de 16 a 20 de janeiro

Sinal do Fórum Econômico Mundial (WEF) no centro de congressos no dia de abertura da reunião anual do Fórum Econômico Mundial (WEF) em Davos em 16 de janeiro de 2023Sinal do Fórum Econômico Mundial (WEF) no centro de congressos no dia de abertura da reunião anual do Fórum Econômico Mundial (WEF) em Davos em 16 de janeiro de 2023 - Foto: Fabrice Coffrini / AFP

Até pouco tempo, os bilionários russos eram presença constante em Davos, tão comuns quanto as jaquetas Moncler na luxuosa estação de esqui suíça. Este ano, porém, não haverá nenhum. A guerra na Ucrânia e o isolamento da Rússia baniram os oligarcas do encontro anual da elite financeira mundial.

Após dois anos de interrupção por conta da pandemia, o Fórum Econômico Mundial está de volta ao seu cenário alpino invernal, de 16 a 20 de janeiro. Mas a composição da lista de convidados bilionários está bem diferente, refletindo a agitação global que remodelou fortunas e deslocou os centros de poder em meio a guerra, doenças e inflação crescente.

Há cerca de 116 bilionários inscritos para participar do evento deste ano, 40% a mais do que uma década atrás. Além da ausência dos russos, também não há nenhum magnata da China este ano, com o país ainda se recuperando de um aumento nos casos de Covid e de uma derrocada das bolsas que apagou US$ 224 bilhões das fortunas das pessoas mais ricas do país em 2022.

Em compensação, houve um salto no número de bilionários do Golfo Pérsico, uma região que se afirma cada vez mais com a alta do petróleo e uma reputação de ser um bolsão de relativa estabilidade em uma área turbulenta.

A Índia, que já vinha marcando presença em Davos nos anos anteriores, terá 13 bilionários presentes, incluindo Gautam Adani, o magnata do carvão que agora investe em energia renovável e cuja fortuna aumentou US$ 44 bilhões no ano passado. Ele é atualmente a quarta pessoa mais rica do mundo, de acordo com o Bloomberg Billionaires Index. E quase um terço dos participantes filipinos são bilionários.

Os americanos, como sempre, formam o maior grupo, com 33 bilionários na lista. Wall Street estará bem representada, com Jamie Dimon do JPMorgan e Larry Fink da BlackRock entre os convidados.

Apesar da proximidade da estação de esqui suíça, apenas 18 bilionários europeus estão na lista. Os únicos participantes do Reino Unido, atingido por uma recessão, são na verdade indianos que vivem em Londres: Lakshmi Mittal, da gigante do aço ArcelorMittal, e seus filhos.

O número total de participantes bilionários seria maior se não fosse o impacto da queda dos mercados no valor das fortunas. É o caso, por exemplo, de Gong Yingying, fundador da plataforma de dados médicos Yidu Tech. Ele chegou a figurar na lista de bilionários após um IPO no auge da pandemia em 2021. Mas as ações da empresa caíram 90% desde então, e sua fortuna encolheu.

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