De "nerd" a "descolado": entenda a mudança de estilo de Mark Zuckerberg, dono da Meta
Desde a comemoração dos 40 anos, bilionário se tornou mais ativo fisicamente e fez uma renovação de looks estratégica no guarda-roupa
O fundador e CEO da Meta, Mark Zuckerberg, não chamou atenção apenas pelo anúncio desta terça-feira, de que vai acabar com o programa de checagem independente de fatos, adotado há quase uma década pela empresa.
Conhecido anteriormente por um visual mais "nerd", o empresário abdicou das calças moletom e camisas cinzas e, na declaração em vídeo, usava um look "streetwaer", com camisa de grife com uma escrita sofisticada e calça largas, assim como um cordão com pingente de ouro e tênis esportivo.
O "rebranding" no guarda-roupa acompanha a mudança de estilo de vida nos últimos meses, que o levou até mesmo a aceitar o desafio para uma luta contra o dono da X e Tesla, Elon Musk.
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A transformação visual de Zuckerberg, ou Zuck — como ele tem pedido para ser chamado nas redes sociais — é vista como uma tentativa de renovar sua imagem e a da Meta, especialmente após os últimos anos de polêmicas envolvendo a empresa.
Influenciado pelo antigo CEO da Apple, Steve Jobs, que morreu em 2011, esse "luxo silencioso", baseado nas tradicionais camisas básicas de marca foi adotado por anos no Vale do Silício, passando a imagem de "trabalhadores ocupados demais para pensarem em estilo de roupa".
Apesasr disso, o estilo de vida workaholic se tornou alvo de críticas entre os jovens da geração Z, que se identificam com os sinais mais chamativos de um estilo de vida "instagramável", virtualmente chamativo, especialmente na moda. Como suas postagens praticando diferentes atividades físicas de alta intensidade.
Agora, o empresário rompe com essa imagem até mesmo no corte de cabelo: ele deixou crescer e trocou o estilo curto por cachos encaracolados. Demonstrando certa extravagância, em setembro, ele foi flagrado usando um relógio de pulso De Bethune DB25 Starry Varius durante uma gravação de podcast em San Francisco.
De acordo com o Yahoo, o relógio do fundador do Facebook pode valer mais de US$ 95.000 (R$ 584,4 mil). O que, anos atrás, seria impensável.
De redes sociais a luvas de MMA
Além do trabalho, o CEO da Meta também mudou o estilo de vida, ele focou na saúde e abandonou a imagem de sedentarismo. Para mostrar que está ativo, o bilionário frequentemente publica fotos de treinos de Jiu-jitsu e MMA, dois esportes de combate que se aprofundou nos últimos anos, o que lhe conferiu um físico consideravelmente musculoso.
Após a mudança radical, a performance nas artes marciais chamou atenção e ele se tornou figurinha carimbada nas arenas do UFC, maior evento de MMA do mundo. Em poucos meses, Zuckerberg foi desafiado por Elon Musk para uma luta — convite aceito mas que nunca foi para frente.
Estreitando laços com o presidente americano eleito, Donald Trump, contratou o braço direito dele e CEO do UFC, Dana White, para ser conselheiro da Meta. O empresário também criou a própria marca de roupas, baseado nesse novo estilo mais descolado.
Figura que representa a Meta, Zuckerberg adicionou a sua rotina, tendências que podem reposicionar a sua imagem tanto na mídia, quanto no mercado e entre os usuários de suas redes. Apesar disso, no passado, Zuck também soube separar a imagem das redes com a imagem nos tribunais.
No final da década de 2010, ele era o inimigo público número um quando foi interrogado no Congresso sobre a venda de dados e informações pessoais de até 87 milhões de usuários para empresas.
Na ocasião estava pálido, de aparência abatida e muitas vezes desajeitado, vestindo uma camiseta simples e jeans, com a maioria de suas fotos de mídia social sendo apenas dele e de sua família.
Já, recentemente Zuckerberg se tornou um empresário de terno, ao testemunhar durante a audiência do Comitê Judiciário do Senado dos EUA intitulada "Big Tech e a Crise de Exploração Sexual Infantil Online", em Washington, no início de 2024.