De olho no futuro renovável e limpo
O Complexo Industrial Portuário de Suape se posiciona como um empreendimento comprometido com o meio ambiente e com agenda interna voltada para boas práticas e fontes sustentáveis
A energia limpa é um objetivo concreto do Complexo Industrial Portuário de Suape, que deseja se posicionar como uma empresa do futuro, assumindo compromissos sustentáveis em uma agenda interna. Nesse caminho, diversas ações estão sendo realizadas no complexo portuário. A mais recente é o desenvolvimento de um projeto de construção de uma planta de hidrogênio verde para produção independente de energia elétrica a partir de fontes limpas.
O projeto está sendo pensado pela empresa Qair Brasil, de origem francesa, que tem orçamento para construir a usina no complexo. “Estamos estruturando a parte de viabilidade do projeto. No momento, estamos viabilizando as condições de terreno para fazer um chamamento público para arrendar a área onde ela será construída”, explicou Carlos Cavalcanti, diretor de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Suape.
Para essa usina funcionar, precisa ter suprimento de uma fonte de energia renovável. “Possivelmente, projetos devem ser instalados em Pernambuco para suprir essa demanda. O projeto é para que essa usina gere energia para várias áreas de Suape, como a siderurgia, as embarcações e os transportes”, disse Cavalcanti.
Energia solar
Áreas do complexo já são abastecidas com energia limpa. Através do programa PE Sustentável, criado pelo Governo do Estado e gerenciado pela Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Suape comprou energia solar no Mercado Livre de Energia, por meio de um leilão. A energia é proveniente do Parque Fotovoltaico de Tacaratu e é distribuída pela rede elétrica. “Estabelecemos quatro áreas prioritárias para serem abastecidas com essa energia: o centro administrativo, o pátio público de veículos e dois cais públicos, o 4 e o 5. Compramos 1.418 megawatts este ano”, contou o diretor de Suape.
O viveiro de mudas também é abastecido por energia solar. No local, foram instaladas 22 placas fotovoltaicas, o que gera uma economia de cerca de R$ 840 por mês. “Juntando os cinco espaços que são abastecidos com energia solar, evitamos a emissão de 108 toneladas de dióxido de carbono por ano, o que corresponde a aproximadamente 770 árvores da Mata Atlântica”, registrou Cavalcanti.
Novos planos
E Suape quer ir além: pretende ser um porto neutro em emissão de carbono. “Queremos nos colocar como um distrito industrial verde, tornando um ambiente de negócios em que a energia limpa seja cada vez mais incentivada. Ainda não sabemos o ano, mas estamos no processo de estudo”, adiantou o diretor.