Combustível

Defasagem de preço da gasolina e diesel atinge patamar recorde no mês

Segundo Abicom, valor dos combustíveis chega a estar entre 18% e 20% menor no Brasil

Posto de combustívelPosto de combustível - Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil

A Petrobras chega na reta final das eleições com uma necessidade de reajustar gasolina e diesel entre 18% e 20%, respectivamente. De acordo com dados da Abicom, associação que reúne os importadores, os preços praticados pela estatal estão abaixo da cotação internacional diariamente desde o início deste mês de forma consecutiva, e atingiram sua máxima nesta sexta-feira (28).

Segundo a Abicom, a gasolina vendida pela Petrobras tem uma defasagem de R$ 0,75 por litro (-18%) em relação ao mercado internacional. É o mesmo movimento do diesel, com defasagem de R$1,25 (-20%). Fontes do setor afirmam que o governo de Jair Bolsonaro pressionou a estatal a não reajustar os preços até o fim do segundo turno por conta da escalada do petróleo no exterior.

Além disso, o câmbio, que também vem subindo, pressionou ainda mais a estatal. Porém, a companhia, internamente, descarta novos reajustes até o fim do segundo turno. Oficialmente, a empresa diz que acompanha os movimentos para evitar repassar volatilidade aos consumidores. Desde o início de outubro, especialistas ressaltam a necessidade de algum reajuste.

Segundo Rodrigo Leão, economista do Ineep, da Federação Única dos Petroleiros (FUP), o preço dos combustíveis estão congelados. Caio Paes de Andrade, que assumiu a estatal em junho, promoveu diversas reduções nos preços dos combustíveis, embalado pela redução dos preços internacionais.

— O objetivo (da chegada de Paes de Andrade) foi aplicar uma política de congelamento de preços na contramão do que a empresa vinha fazendo até então, quando o parâmetro para o reajuste era o PPI (o preço de paridade de importação). Todavia, até o momento, não houve nenhuma sinalização da Petrobras ao mercado de abandono do uso do PPI, ou seja, esse congelamento tende a ser temporário.

Assim, segundo ele, caso a Petrobras retome o PPI, considerando a atual taxa de câmbio e uma projeção do barril de petróleo encerrar o ano em US$ 110, a defasagem seria, ao final de 2022, de aproximadamente R$ 0,80 somente para a gasolina. Segundo ele, cerca de 75% a 80% dos reajustes da estatal acabam chegando na bomba.

— Esse deveria ser o reajuste da Petrobras somente para eliminar a defasagem de preço. Caso a companhia busque recuperar perdas em relação ao período de congelamento, esse valor poderia ser significativamente maior.

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