Defasagem no preço de gasolina e diesel chega a até 15%
Um dia após anúncio de projeto do governo para reduzir preços, diferença em relação a valores no exterior é a maior em quase um mês
Um dia após o governo ter anunciado um pacote de medidas para tentar baixar o valor dos combustíveis com a redução de tributos, a defasagem da gasolina está nesta terça-feira em 15% por litro (R$ 0,67) em relação ao mercado internacional. No caso do diesel, a diferença é de 13% (R$ 0,77).
De acordo com dados da Abicom, que reúne os importadores, na segunda-feira, a defasagem da gasolina era de 20% por litro (R$ 0,95) e de 14% (R$ 0,78) no diesel, em um dos maiores patamares desde o início de maio.
Na semana passada, o preço do petróleo no mercado internacional ultrapassou os US$ 120 por barril por conta da nova rodada de sanções da Europa com a Rússia n área energética. Para analistas, a tendência é de preços altos e de volatilidade.
Fontes na Petrobras dizem que o aumento no preço da gasolina no exterior começa a preocupar a empresa, já que o último reajuste foi no dia 11 de março. O diesel, por sua vez, foi reajustado no dia 10 de maio.
Leia também
• Governo Federal quer usar dinheiro da privatização da Eletrobras para reduzir preço do diesel
• Governadores criticam compensação "parcial" de corte de ICMS do diesel sugerido por Bolsonaro
• Bolsonaro diz esperar que Guedes "resolva questão dos combustíveis" nos próximos dias
O economista Alexandre Pavan Póvoa, da Meta Asset Management, disse que os preços defasados são um risco:
— O que aconteceria, caso fosse feito um esforço de redução generalizada de impostos e a Petrobras aumentasse os preços em seguida, anulando tudo. Será que a Petrobras, agora sob nova direção de pessoas de confiança de Paulo Guedes, estará proibida de aumentar preços ? — questiona Póvoa.
Veja também
Wall Street fecha em alta com Dow Jones atingindo novo recorde
