EX-PRESIDENTE

Defesa de Bolsonaro entrega terceiro kit de joias após ordem do TCU

Informação é do ex-secretário de comunicação do governo de Bolsonaro, Fabio Wajngarten

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A defesa do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) entregou, na tarde desta terça-feira (4), o terceiro kit de joias recebidos em 2019, a ordens do Tribunal de Contas da União (TCU).

A informação é do ex-secretário de Comunicação do governo de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, que tem assessorado o ex-presidente desde sua volta ao país.

Wajngarten afirma que a entrega "reitera o compromisso da defesa do presidente Bolsonaro de devolver todos os presentes que o TCU solicitar". Em publicação, o ex-secretário reforça que o ex-presidente "sempre respeitou a legislação em vigor sobre o assunto".

Desde que o caso das joias milionárias da Arábia Saudita foi revelado pelo jornal Estado de S. Paulo, Bolsonaro nega qualquer ilegalidade e tenta se afastar do episódio. De volta ao Brasil em 30 de março, Bolsonaro afirmou ter recebido presentes milionários por conta da relação de amizade que construiu com os árabes.

Num primeiro momento, no entanto, o ex-presidente negou o recebimento de joias. Além disso, não disse que havia recebido em mãos um terceiro pacote, ainda em 2019, até o kit também ser revelado.

O terceiro pacote, avaliado em cerca de R$ 500 mil, foi revelado em 28 de março. Entre as peças estão um relógio da marca Rolex, de ouro branco, cravejado de diamantes. Bolsonaro levou consigo a caixa com itens de luxo no fim do ano passado, ao deixar o cargo, e as incorporou em seu acervo pessoal.

Após o episódio, sua defesa informou que o conjunto estava à disposição para “apresentação e depósito”. Em nota, os advogados afirmaram que os bens foram devidamente registrados.

“Todo o acervo de presentes recebidos pelo ex-presidente, em função do relevante cargo que exercia, será submetido a auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), assim como ocorreu com os mandatários anteriores”, diz comunicado.

O conjunto também contém uma caneta da marca Chopard prateada, com pedras encrustadas; um par de abotoaduras em ouro branco ornada com um brilhante no centro e rodeado por diamantes; um anel em ouro branco com diamantes com corte longo e retangular, chamado no exterior de "baguette"; uma "masbaha" (um tipo de rosário árabe) de ouro branco com pingentes cravejados em brilhantes.

Devoluções
Os advogados de Bolsonaro devolveram segundo kit de joias e as armas que recebeu de presente da Arábia Saudita em 24 de março. A devolução também ocorreu por determinação do TCU e a entrega foi feita numa agência de penhor da Caixa Econômica Federal de Brasília.

O estojo com caneta, relógio, anel, abotoaduras e um rosário foi oferecido a Bolsonaro pelo governo da Arábia Saudita em 2021. O pacote entrou no país na mala de integrantes da comitiva brasileira que retornava ao país, após missão no Oriente Médio.

O TCU também determinou que o primeiro conjunto de joias, que o ex-mandatário admitiu que seria destinado à Michelle Bolsonaro, também deve ser enviado à Caixa. As peças avaliadas em R$ 16,5 milhões foram retidas pela Receita Federal no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, em 2021.

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