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TECNOLOGIA

Depois de assistente de voz, Amazon usa reconhecimento facial em seu 1º aparelho de tela grande

Chamado de Eco Show 15, produto funciona como uma televisão inteligente e marca nova fase de investimentos da companhia de Jeff Bezos

Amazon faz sua primeira investida no segmento de telas grandes com Eco Show 15 com reconhecimento facialAmazon faz sua primeira investida no segmento de telas grandes com Eco Show 15 com reconhecimento facial - Foto: Divulgação

A americana Amazon faz sua primeira investida no segmento de telas grandes. A gigante do e-commerce anuncia nesta quarta (11) o lançamento do chamado Eco Show 15, aparelho de 15,6 polegadas que funciona como uma televisão inteligente.

O produto tem diversos canais de streaming, que podem ser acessados por meio deaplicativos, e conta com inédito sistema de reconhecimento facial.

Com o já conhecido sistema de voz integrado Alexa, a nova aposta da companhia tem um processador neural (chamado de AZ2) com inteligência artificial  que permite o reconhecimento facial

Vai, assim, permitir comandos que antes eram acessados apenas por voz, como ler ou ouvir recados que só aparecerá quando a "Alexa" reconhecer a pessoa em frente ao dispositivo. 

O processador neural foi otimizado para imagem e reconhece quem está na sua frente. O processamento é local, dentro do aparelho, e não vai para nuvem, pois a imagem vira um código.
 

Com esse reconhecimento facial, o aparelho pode ler recados enviados para essa pessoa em específico, entre outras funções - disse Jacques Benain, gerente geral de dispositivos na Amazon Brasil, destacando que os dados do usuário ficam protegidos por não serem enviados à nuvem. Com esse "ID visual", é possível ainda ter um conteúdo personalizado, com acesso a eventos e lembretes do calendário pessoal, além de músicas tocadas recentemente.

Além da tradicional posição horizontal, o novo aparelho pode funcionar ainda no formato vertical. Para analistas, o lançamento representa um passo na direção do conceito de casa conectada, e promete acirrar a disputa com outros fabricantes do setor.

Com tela em resolução Full HD, o aparelho permite ainda outras funções além da TV, como fazer pesquisas na internet no navegador próprio (o Silk), ouvir música,  acionar objetos conectados dentro da casa e fazer ligações e videochamadas para outros usuários dentro do ecossistema da Amazon. 

Inteligência preditiva Segundo Talita Talibert, diretora-geral de Alexa, o sistema de computação permite ainda que a inteligência do aparelho consiga criar memória sobre certos hábitos e sugerir opções baseadas na rotina de uso, como desligar lâmpadas ou o ar-condicionado em um determinado horário em que sempre são desligadas.  

Ao destacar a função do novo aparelho, que  terá preço de R$ 1.890, a executiva diz que o usuário tem o controle total sobre suas informações. Talita lembra ainda que o usuário pode excluir sua "ID Visual" a qualquer momento. Ela destacou que o reconhecimento facial é opcional e requer consentimento explícito.

-É possível ir em configurações e escolher o que quer ou não dentro do hub de privacidade. Investimos para ter um sistema de inteligência pró-ativa e queremos continuar facilitando cada vez mais, mas a privacidade é importante. Por isso, todas as informações ficam no aparelho e não na nuvem - garante Talita.

A Amazon também vem aumentando a presença da Alexa  em eletrodomésticos e eletrônicos em geral: já são 650 aparelhos com a assistente de voz embarcadal.   A empresa reforça ainda o volume de aplicativos (chamados de skills) dentro de sua plataforma, que já conta com duas mil opções para o público brasileiro.

O especialista em segurança digital, Claudio Tavares, lembrou que cada vez mais os produtos que estão sendo lançados pedem acesso a um volume maior de informações pessoais. Ele lembra que a impressão digital, por exemplo, ficou para trás:-Estamos atravessando uma nova fase na área de tecnologia. Hoje, o reconhecimento facial é a nova fronteira de identificação. Por isso, estamos vendo diversos aparelhos e aplicativos investindo nessa solução que permite obter mais informações. Por isso, o usuário precisa pensar se quer usar esse tipo de validação ou não. A privacidade está ficando menos privada com o avanço da tecnologia - disse Tavares.

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