Logo Folha de Pernambuco

Economia

Desemprego cresceu em onze estados no segundo trimestre, diz IBGE

O crescimento no número de desempregados é efeito da pandemia

DesempregoDesemprego - Foto: Paullo Allmeida/Folha de Pernambuco

A pandemia da Covid-19 continua aumentando o desemprego no Brasil. Segundo informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (28), a taxa de desocupação no segundo trimestre cresceu em 11 estados e ficou maior do que a média do país em 11 deles mais o Distrito Federal.

De acordo com dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, as maiores taxas foram observadas na Bahia (19,9%), Sergipe (19,8%), Alagoas (17,8%), Amazonas (16,5%), Rio de Janeiro (16,4%) Roraima (16,3%) e Maranhão (16,0%). No período, a média de desemprego no país foi de 13,3%, a maior já registrada em um segundo trimestre, ainda não reflete totalmente os efeitos da crise. O país tinha 12,8 milhões de pessoas sem trabalho entre abril, maio e junho. Pernambuco registrou a taxa de despcupação de 15,0%. 

O crescimento no número de desempregados é efeito da pandemia do novo coronavírus no Brasil. Desde que o primeiro óbito foi registrado, em 17 de março, a doença avançou e o país promoveu o fechamento de bares, restaurantes e comércio como forma de combater a pandemia. Em abril, os efeitos econômicos começaram a ser sentidos com mais intensidade, já que as medidas restritivas duraram do começo ao fim do mês.



O professor João Luiz Maurity Saboia, da UFRJ, apontou que o relaxamento nas medidas restritivas a partir de junho fez as pessoas voltarem às ruas para procurar emprego, o que fez a taxa de desempregados aumentar -só entram para o índice os brasileiros em busca de ocupação. "O trabalho doméstico informal caiu muito na pandemia, mas já pode voltar, as pessoas têm menos medo do contato e o empregado informal volta a frequentar a casa das pessoas", analisou o professor.

Com isso, ele acredita que a informalidade, que antes segurava o mercado de trabalho, mas vinha em queda livre na pandemia, deve voltar a subir. "Os pequenos serviços já vão voltando e com isso a informalidade deve ir crescendo aos poucos", apontou.

No início da pandemia em curso, o país viveu apagão estatístico de emprego. Depois, a Pnad Covid ainda chegou a atrasar na divulgação dos dados de junho, por problemas na apuração da informações, já que a coleta vem sendo feita por telefone e não presencialmente, como era tradicional.

Em paralelo aos impactos econômicos sentidos diretamente no aumento do desemprego, o Brasil vem acompanhando o Covid-19 se alastrar. Nesta quinta-feira (27), o país registrou 970 novas mortes por coronavírus e 42.489 novos casos nas últimas 24 horas. Com isso, o total de óbitos superou 118 mil, e de casos confirmados, 3.764.493.

Veja também

Governo bloqueia R$ 6 bilhões do Orçamento de 2024
Orçamento de 2024

Governo Federal bloqueia R$ 6 bilhões do Orçamento de 2024

Wall Street fecha em alta com Dow Jones atingindo novo recorde
Bolsa de Nova York

Wall Street fecha em alta com Dow Jones atingindo novo recorde

Newsletter