Desinformação no TikTok preocupa pesquisadores
O aplicativo também acredita que a metodologia do estudo é falha, porque extrai conclusões de uma pesquisa limitada
A desinformação alcançou níveis alarmantes no TikTok, em especial porque o aplicativo é cada vez mais usado por adolescentes como um buscador, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira (14) pela NewsGuard.
A organização realizou uma pesquisa no início de setembro sobre uma série de temas da atualidade, desde a invasão russa da Ucrânia até as vacinas contra a covid-19. Verificou que 20% dos vídeos mostrados nos resultados continham informações falsas ou enganosas.
Em um vídeo, por exemplo, uma jovem revela sua receita caseira para um "remédio que resolve tudo", a hidroxicloroquina, um controverso tratamento que especialistas já demonstraram ser ineficaz contra a covid.
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De acordo com a NewsGuard, a "toxicidade do TikTok é agora uma ameaça significante pois as buscas no Google sugerem que o TikTok é cada vez mais utilizado pelos jovens (...) para encontrar informações".
"Em 2021, o TikTok superou o Google como o site mais popular do mundo, segundo o Cloudflare", acrescentou a empresa especializada em ferramentas de avaliação de sites de notícias e informações online.
"Nossa política estabelece claramente que não permitimos a desinformação nociva, incluindo desinformação médica, e removemos da plataforma os conteúdos que entram nessa categoria”, disse um porta-voz do TikTok ao ser contactado pela AFP.
O aplicativo também acredita que a metodologia do estudo é falha, porque extrai conclusões de uma pesquisa limitada.