A diretora financeira da OpenAI, Sarah Friar, classificou como "lawfare" o esforço jurídico de Elon Musk para impedir a transformação da empresa em uma companhia com fins lucrativos, que enxerga a iniciativa como uma manobra competitiva disfarçada de ação legal contra a dona do ChatGPT.

"Esperamos que ele não continue recorrendo ao uso da lei" para competir, disse Sarah em entrevista na Bloomberg House, durante o Fórum Econômico Mundial em Davos nesta terça-feira (21).

Musk, que é dono da rival xAI e antes fazia parte da equipe que lançou a OpenAI como uma organização sem fins lucrativos, alegou que a empresa está violando sua missão fundadora.

“Construir IA é um negócio que exige muito capital, e acho que até ele reconheceu muito cedo que isso exigiria que fôssemos muito mais do que uma organização sem fins lucrativos”, disse Sarah.

Sarah está ajudando a empresa de inteligência artificial a alinhar financiamento e criar novos fluxos de receita. Ela disse que a empresa provavelmente teria que continuar a arrecadar fundos, mas ponderou os prós e os contras de uma listagem pública.

IPO da OpenAI
Uma oferta pública inicial poderia dar à OpenAI acesso a novos tipos de financiamento, como dívida estruturada, que poderia reduzir os custos de captação de capital, disse ela na entrevista. O próximo modelo de ponta do ChatGPT provavelmente custará bilhões de dólares para ser desenvolvido.

Ainda assim, abrir o capital poderia forçar a empresa a se concentrar em agradar os investidores em um momento em que a IA exige financiamento massivo para desenvolver modelos de fronteira. Sarah disse que teria que “trazer o tipo certo de investidor” que entenda o processo de desenvolvimento da tecnologia.

“É sempre uma estação potencial na jornada em que estamos, mas não quero que seja o destino”, afirmou ela.

Sarah também disse que muitos clientes corporativos encontraram os produtos OpenAI pela primeira vez em suas vidas cotidianas. O modelo corporativo está "realmente se desenvolvendo em todos os setores da economia", disse ela. O Morgan Stanley, por exemplo, usa a tecnologia OpenAI em partes dos negócios de gestão de patrimônio e banco de investimento do banco, disse ela.

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