Logo Folha de Pernambuco

macroeconomia

Diretora do FMI aconselha Europa a se inspirar nos EUA

A líder do FMI sugeriu que deveria haver uma mudança de atitude, recordando que "os Estados Unidos têm uma cultura de confiança"

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina GeorgievaA diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva - Foto: Fabrice Coffrini / AFP

"Acreditem em vocês mesmos", declarou nesta sexta-feira (24) a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) aos europeus, cujo crescimento está ficando para trás em relação aos Estados Unidos.

"Meu conselho para meus concidadãos europeus, é [ter] mais confiança. Acreditem em vocês mesmos e, o mais importante, digam isso aos outros", declarou Kristalina Georgieva durante o último painel de discussão do Fórum de Davos.

A líder do FMI sugeriu que deveria haver uma mudança de atitude, recordando que "os Estados Unidos têm uma cultura de confiança. A Europa, uma cultura de modéstia".

Junto a ela, a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, advertiu que a Europa deveria conseguir reter seus talentos, que acabam indo para o exterior.

"Se as autoridades europeias começarem a se comportar adequadamente, respondendo a este chamado de atenção e à ameaça existencial [...], acho que há um enorme potencial para a Europa", afirmou.

Também sugeriu que o Velho Continente poderia atrair ou trazer de volta talentos "desencantados" após o retorno de Donald Trump à Casa Branca.

"Devemos manter nossos talentos em casa, devemos manter nossas economias em casa, e talvez também seja hora de importar alguns desses talentos que estariam desencantados, por uma razão ou outra, para o outro lado do oceano", declarou.

Na quinta-feira, Trump falou por meio de videoconferência em Davos e criticou a Europa, principalmente em relação ao seu déficit comercial com os Estados Unidos.

"Eu tento ser construtivo porque amo a Europa", disse o presidente americano. Mas as europeus "tratam os Estados Unidos de forma muito, muito injusta, com taxas ruins".

Lagarde insistiu que "deve haver negociações" com relação ao comércio internacional.

"Deve haver relações comerciais organizadas [...] Não podemos retirar todas as regras, ignorar as instituições", sinalizou.

Veja também

Newsletter