Dirigente do Fed diz não enxergar recessão no horizonte imediato dos EUA
Musalem abordou as recentes oscilações nos mercados acionários, que incluíram uma queda acentuada nos principais índices
O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de St. Louis, Alberto Musalem, disse nesta quinta-feira, 15, não ver uma recessão no horizonte imediato dos Estados Unidos, mas destacou que há vários cenários possíveis para a evolução da atividade.
O dirigente espera crescimento real anualizado do Produto Interno Bruto (PIB) do país na faixa de 1,5% a 2,0% no segundo semestre de 2024.
No dia seguinte à divulgação de dado de inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos EUA, Musalem defendeu que o trabalho para a estabilizar os preços ainda não terminou.
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"Há mais trabalho de desinflação a ser feito", disse "O mercado de trabalho tem se normalizado e já não está sobreaquecido. Um mercado de trabalho apertado parece já não representar um risco ascendente claro para a inflação", acrescentou.
Musalem abordou as recentes oscilações nos mercados acionários, que incluíram uma queda acentuada nos principais índices, depois que os dados de emprego de julho aumentaram os temores de uma recessão. Em suma, mercados voláteis não são uma preocupação para o Fed neste momento.
"Como formulador de política, só me preocupo com a volatilidade na medida em que esta restringe as condições financeiras, o que significa que aumenta os custos dos empréstimos ou o custo da emissão de ações para as empresas, ou aumenta o custo do crédito para os consumidores", disse Musalem.
"Um aumento da volatilidade que fosse suficientemente elevado ou que durasse o suficiente afetaria a capacidade das empresas ou das famílias de se financiarem e, portanto, afetaria a atividade econômica."
O recente pico de volatilidade não atingiu esse nível, disse Musalem, e não é provável que afete a atividade econômica ou as decisões do Fed neste momento.