Dívidas e revenge spending: mentoria financeira pode ajudar a vencer esses problemas
Essa é a aposta da Sicredi Pernambucred para ajudar gratuitamente seus associados, através da Mentoria de Transformação Financeira. As inscrições vão até domingo (15)
No último mês de abril, o número de brasileiros endividados chegou a um novo recorde: segundo a Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor), realizada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), 77% fecharam o mês com alguma dívida. O percentual, de acordo a entidade, é o maior da série histórica, cujo mapeamento começou em 2010. Em abril de 2021, por exemplo, 67,5% das famílias tinham dívidas a vencer – o aumento para 2022 foi de 10,2 pontos percentuais.
A inadimplência, ou seja, quando a pessoa tem dívidas e não consegue realizar o pagamento, também chegou a índices históricos. A proporção de famílias com contas em atraso é de 28,6%. A fração que declarou que continuará inadimplente atingiu 10,9%, maior patamar desde dezembro de 2020. E o que fazer, já que a escalada da inflação no País, com índices acima de dois dígitos (no acumulado em 12 meses) desde setembro do ano passado, não para?
“O primeiro passo é mapear receitas e despesas”, aponta Karoline Gleice, uma das Gerentes de Agência da Sicredi Pernambucred, que está promovendo a Mentoria de Transformação Financeira para os associados da cooperativa de crédito. A mentoria é gratuita, com módulos presenciais e online, e tem objetivo ajudar as pessoas a melhorarem sua relação com o dinheiro, a gerirem o seu patrimônio e a saírem do endividamento.
Leia também
• Inflação para famílias com renda mais baixa fica em 1,04%
• Inflação oficial fica em 1,06% em abril, diz IBGE
• Produção industrial sobe em março, mas queda no consumo preocupa
Outro ponto que ela destaca é que, para além da inflação, os gastos exagerados também podem estar atrelados a questões psicológicas e de hábitos. O consumo excessivo e os gastos por impulso são apontados como vilões das finanças pessoais e como hábitos que devem ser observados, para que as aquisições possam ser assertivas. O consumo pode e deve ser desmistificado, o consumo é positivo e traz benefícios para economia continuar girando, o que precisamos fazer é consumir de forma consciente, através de hábitos saudáveis, uma dica é entender nossos impulsos e criar estratégias para despistar as compras por desejos.
Há também um comportamento que é resultado do momento pós-pandemia: o chamado revenge spending, ou gasto de vingança. É um termo usado para explicar o intenso consumo após um longo período de represamento. Depois de muito tempo sem comprar, os consumidores aproveitam a reabertura do comércio para compensar o tempo perdido. Mas os motivos vão muito além, envolvendo até mesmo questões psicológicas.
O isolamento social, além de ter limitado as atividades do dia a dia, também foi responsável por gerar uma onda de sentimentos negativos. Afastada da rotina padrão e do círculo social, grande parte da população passou por momentos inesperados de estresse, tristeza e ansiedade. Depois desse longo período de instabilidade, as pessoas buscam agora pela sensação de vida normal, felicidade e satisfação – muitas vezes, nas compras.
“É comum do ser humano a tomada de decisões de forma irracional, baseada em nosso estado emocional. Somos seres influenciáveis, e controlar esses impulsos tem sido um exercício financeiro desafiador para o momento de pandemia e pós-pandemia”, comenta Karoline.
A especialista, destaca que um dos fatores importantes, é a adoção da educação financeira. "Ela permite uma otimização do uso do dinheiro e organização das contas, além de apontar novos caminhos para resolver os problemas financeiros e investir melhor - ou começar a investir, trazendo a tão sonhada conquista da tranquilidade financeira”, diz a Gerentes de Agência da Sicredi Pernambucred.
A Mentoria de Transformação Financeira da Sicredi Pernambucred está com inscrições abertas para os associados através do link beacons.page/pernambucred até este domingo (15).
Veja também
Dinâmica maior de estimativas de inflação está mais em 2024 e 2025 e menos em 2026, diz Guillen
