Dólar fecha estável com PEC dos Precatórios e dados de inflação
O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (10) vendido a R$ 5,50, com leve alta de 0,1%
A aprovação em segundo turno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios e a alta da inflação em outubro fizeram o dólar fechar o dia estável, apesar das pressões do mercado internacional. A bolsa de valores desacelerou perto do fim da sessão, mas teve alta pelo segundo dia seguido.
O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (10) vendido a R$ 5,50, com leve alta de 0,1%. A cotação passou a maior parte do dia em queda, chegando a R$ 5,43 na mínima do dia, por volta das 11h. No entanto, a alta da inflação nos Estados Unidos puxou a moeda para cima no fim das negociações.
A divisa acumula queda de 2,59% nos dez primeiros dias de novembro. No ano, a moeda norte-americana registra alta de 5,99%.
O mercado de ações teve um dia parecido, com as condições favoráveis que predominaram durante esta quarta-feira, perdendo força nas horas finais de negociação. O índice Ibovespa, da B3 (Bolsa de Valores), fechou aos 105.968 pontos, com alta de 0,41%. O indicador chegou 1,77% pouco antes das 14h, mas desacelerou com a queda dos preços internacionais do petróleo e com o desempenho negativo das bolsas norte-americanas.
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Precatórios
A aprovação da PEC dos Precatórios, que agora passa a tramitar no Senado, foi bem recebida pelos investidores. Isso porque, embora o texto libere R$ 91,5 bilhões no Orçamento do próximo ano, o mercado considera que a rejeição da emenda poderia desencadear a edição de um decreto de calamidade pública com potencial de violar ainda mais o teto de gastos.
Em relação à inflação, a aceleração do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 1,25% em outubro aumentou as expectativas de que o Banco Central mantenha ou aumente o ritmo de alta dos juros. Taxas mais altas no Brasil tornam o país mais atraente para recursos estrangeiros.
O dólar só não fechou em baixa porque a inflação nos Estados Unidos também veio alta, atingindo 6,2% no acumulado de 12 meses, na maior variação anual desde novembro de 1990, pouco antes da Guerra do Golfo. Isso aumenta as apostas de que o Federal Reserve (Banco Central norte-americano) antecipe os aumentos dos juros da maior economia do planeta. Taxas elevadas no exterior estimulam a fuga de recursos de países emergentes, como o Brasil.