Dólar paralelo bate novo recorde na Argentina e atinge 1.300 pesos
Ministro da Economia, Luis Caputo, diz que alta é motivada por questões políticas
O dólar paralelo na Argentina atingiu novo recorde hoje, ao ser negociado a 1.300 pesos, maior valor já registrado. No início da tarde, a moeda avançava 1,2%, cotada a 1.295 pesos. O recorde anterior havia sido registrado dia 23 de maio, quando atingiu 1.280 pesos.
De acordo com o ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, as altas foram motivadas por questões políticas, em referência às negociações para a aprovação da Lei de Bases no Congresso. Ele confirmou ainda que negociará um novo programa com o Fundo Monetário Internacional (FMI), com o objetivo de receber novos recursos.
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O porta-voz presidencial, Manuel Adoni, em declarações à imprensa na manhã desta terça, afirmou que a atual flutuação da moeda é natural, pelo período recente de estabilidade, e não deve influenciar nos preços domésticos, trazendo algum risco à inflação, que está em tendência de desaceleração. “Que as pessoas fiquem tranquilas, não tem nada a ver com preços”, garantiu.
Ele insistiu que os preços tanto da cotação paralela como do dólar financeiro “ficaram sem muita variação por muito tempo” e descartou qualquer intervenção no mercado de câmbio.
Após um mês de turbulência financeira, nesta quarta-feira o Senado debaterá a Lei de Diretrizes e Bases e a reforma fiscal, notícias que determinarão se o governo conseguirá levar adiante algumas das reformas estruturais que estão em sua agenda desde que assumiu o cargo, em 10 de dezembro.
O debate não será o único evento da semana a definir o humor dos principais ativos financeiros. Há expectativa sobre o anúncio do índice de Preços ao Consumidor e da taxa de juros do país, que também serão anunciados amanhã.