Dona do Pão de Açúcar vende 71 postos de gasolinas; maior parte da operação irá para rede Ipiranga
Transação faz parte do processo da companhia de venda de ativos para redução de dívidas
O GPA, dono do Pão de Açúcar, informou que concluiu a venda de 71 postos de combustíveis como parte da última etapa do seu plano de vendas de ativos, que tem como foco a redução de dívidas da companhia. O valor total da operação é de R$ 200 milhões.
A maior parte da transação foi realizada com a Ultrapar, que adquiriu 49 postos localizados em São Paulo. As demais operações, em oito estados do país, foram realizadas por outros compradores, de acordo com fato relevante publicado pela empresa nesta quarta-feira. A empresa opera com o "Posto Extra" e o "Pão de Açúcar Posto".
Segundo o GPA, a primeira parte do pagamento da operação, no valor de R$138 milhões, está prevista para acontecer até o final de 2024, mediante a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).
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Conclusão de processos
As parcelas remanescentes, que representam R$ 62 milhões, dependem da conclusão de processos que garantam a transferência oficial dos postos para os novos proprietários.
"Até a efetiva transferência aos compradores, os postos em funcionamento permanecerão operados pelo GPA, inclusive no que diz respeito à apropriação dos resultados gerados pelas respectivas operações", afirma o grupo.
Em fato relevante separado, a Ultrapar informou que comprou os 49 postos do GPA pelo valor de R$ 130 milhões.
"A transação, sujeita à aprovação do CADE e cumprimento das demais condições precedentes, visa à manutenção destes postos na rede de cerca de 6 mil postos de serviços Ipiranga distribuídos pelo Brasil", acrescenta a empresa.
Balanço financeiro
No último balanço financeiro, do primeiro trimestre deste ano, o grupo reportou prejuízo líquido de R$ 407 milhões. A dívida líquida reportada foi de R$ 1,4 bilhão.
Os planos do GPA para reestruturar a operação começaram em 2022 e foram acelerados ao longo do último ano. O processo incluiu um follow-on, concluído em março, que levantou R$ 700 milhões, e a venda de sede administrativa.
A companhia também vendeu suas participações no grupo colombiano Éxito e na multinacional Cnova. As operações representaram, respectivamente, R$ 789 milhões e R$ 53,5 milhões.