REDES SOCIAIS

Dona do TikTok está prestes a se tornar a maior rede social do mundo e já fatura US$ 120 bi

Financial Times teve acesso ao dados financeiros da empresa, que não divulga balanços. Receita global saltou 40% em 2023 e se aproxima dos US$ 135 bilhões da Meta. Nos EUA, aplicativo fatura US$ 16 bi

TikTokTikTok - Foto: Lieonel Bonaventure/AFP

O TikTok alcançou receitas recordes nos Estados Unidos em 2023, onde enfrenta uma ofensiva legal da Câmara para restringir suas operações no país. De acordo com reportagem do Financial Times, o aplicativo de vídeos curtos de propriedade da chinesa ByteDance atingiu US$ 16 bilhões em vendas nos EUA.

O número foi confirmado ao jornal britânico por três fontes que tiveram acesso aos dados da empresa, que tem capital fechado e não divulga informações sobre seu balanço financeiro.

A reportagem do Financial Times afirma ainda que a ByteDance como um todo está a caminho de ultrapassar a Meta, dona do Facebook e do Instagram, como a maior empresa de mídia social do mundo em faturamento.

As receitas da chinesa chegaram a US$ 120 bilhões no ano passado, um aumento de cerca de 40% em relação a 2022, impulsionado, segundo o jornal, pelo crescimento explosivo do TikTok, embora a ByteDance obtenha a maior parte de suas receitas da China.

A Meta por sua vez, registrou US$ 135 bilhões em receitas em 2023, mas num ritmo de expansão bem mais modesto - a alta em relação a 2022 foi de 16%.

O forte crescimento da ByteDance e seu avanço nos EUA ocorrem num momento em que o futuro do TikTok nos EUA está ameaçado, depois que, nesta semana, a Câmara dos Deputados dos EUA aprovou um projeto de lei para forçar que a plataforma seja vendida a uma empresa não chinesa dentro de seis meses, sob pena de ser banida dos EUA.

O projeto de lei ainda precisa da aprovação do Senado e da assinatura do presidente Joe Biden. Enquanto circulavam notícias de possíveis interessados, Steven Mnuchin, ex-secretário do Tesouro durante a presidência de Donald Trump, disse na quinta-feira que estava reunindo um consórcio para fazer uma oferta pela plataforma, embora não tenha fornecido detalhes de como obteria recursos e financiamentos para um negócio de valor tão alto.

Nesta semana, no evento de inovação SXSW, em Austin, no Texas (EUA), o professor Scott Galloway previu que o TikTok não será banido nos EUA, mas vendido a um consórcio do Ocidente.

Qualquer negócio enfrentaria um preço alto e a necessidade da aprovação de Pequim. Embora o TikTok continue não sendo lucrativo devido ao seu pesado investimento em expansão global, a ByteDance como um todo registrou um lucro líquido de US$ 28 bilhões em 2023, disseram as fontes citadas pelo FT, que lembra que a maior parte dos negócios do grupo vem da China, onde a ByteDance administra o aplicativo irmão do TikTok, Douyin, e um crescente negócio de comércio eletrônico no aplicativo.

O Financial Times ressalta que perder o mercado dos EUA pode ter consequências mais amplas para o TikTok em todo o mundo, com a eventual saída de influenciadores e celebridades americanas, o que reduziria o apelo do aplicativo.

A China disse que "se opõe firmemente" a qualquer venda forçada do TikTok e, em 2020, lançou novos controles de exportação destinados a dar a Pequim o poder de assinar qualquer venda ou alienação da plataforma.

Na quinta-feira, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin, acusou os Estados Uniodos de operarem com a "lógica de um criminoso" em relação ao aplicativo. O CEO do TikTok, Shou Zi Chew, pediu que os usuários do aplicativo se manifestassem, pois, se aprovada, a legislação "levará à proibição do TikTok nos Estados Unidos" A empresa disse que iria fazer lobby no Senado para que o projeto não seja aprovado.

Veja também

Dólar cai para R$ 5,42 e fecha no menor valor em um mês
Dólar

Dólar cai para R$ 5,42 e fecha no menor valor em um mês

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee
Falha no sistema

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Newsletter