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Dono do grupo LVMH, patrocinadora das Olimpíadas, é o bilionário que mais perdeu dinheiro em 2024

O francês Bernard Arnault viu sua fortuna cair US$ 20 bilhões no acumulado do ano. Musk está no topo do ranking

O chefe do maior grupo de luxo do mundo LVMH, Bernard ArnaultO chefe do maior grupo de luxo do mundo LVMH, Bernard Arnault - Foto: Stephane de Sakutin/AFP

A fortuna do magnata francês Bernard Arnault, fundador do conglomerado de luxo LVMH — dono de marcas icônicas como Louis Vuitton, Dior, Tiffanny&Co e Sephora que patrocina a Olimpíada de Paris —, despencou em 2024 mais do que a de qualquer outra pessoa no Índice de Bilionários da Bloomberg, à medida que a demanda por bens de luxo continua a diminuir.

O bilionário francês viu sua riqueza cair US$ 20 bilhões (cerca de R$ 113 bilhões) no acumulado deste ano, para US$ 187 bilhões (R$ 1,05 trilhão), de acordo com o ranking das 500 pessoas mais ricas do mundo.

O conglomerado de luxo comandado por Arnault investiu aproximadamente US$ 162,7 milhões (R$ 917 milhões) nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos e se junta a uma lista de parceiros premium que inclui a operadora de telecomunicações Orange, a companhia aérea Air France-KLM e a rede de supermercados Carrefour.

Após as ações da empresa caírem devido aos resultados decepcionantes divulgados esta semana, as perdas de Arnault ultrapassaram os US$ 18 bilhões (R$ 101,4 bilhões) perdidos pelo homem mais rico da China, Zhong Shanshan.

Enquanto isso, Elon Musk, a pessoa mais rica do mundo, perdeu o maior valor em um único dia, embora sua fortuna tenha crescido 5% em 2024. Na quarta-feira, dia 24 de julho, a riqueza do fundador da Tesla despencou US$ 21,7 bilhões (R$ 122 bilhões) depois que a fabricante de carros elétricos relatou resultados trimestrais decepcionantes, levando vários analistas a reduzir suas metas de preço e fazendo suas ações caírem 12%, a maior queda em quase quatro anos.

Mas Musk se mantém no topo do ranking de bilionários, com US$ 240,5 bilhões (cerca de R$ 1,3 trilhão), à frente de Jeff Bezos, da Amazon, que ocupa o segundo lugar do ranking.

Arnault, de 75 anos, que chegou a estar no primeiro lugar da lista dos mais ricos do mundo em junho, caiu para a terceira posição.

Enquanto isso, o chinês Zhong corre o risco de perder a posição de mais rico em seu país — que ele ocupou por quase três anos — em meio à intensificação da concorrência e aos desafios de relações públicas em sua gigante de água engarrafada, a Nongfu Spring.

O declínio na fortuna de Arnault tem relação com a crise econômica na China, um mercado do qual a indústria de luxo depende há muito tempo.

As vendas da LVMH na região que inclui a China caíram 14% no último trimestre, uma decepção para um grupo que tem sido um dos mais resilientes até agora. Sinais de que a bolha do luxo está rapidamente desinflando também vieram do Grupo Burberry e da marca de joias Cartier, da Richemont, controlada pelo bilionário sul-africano Johann Rupert.

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O rival francês Kering, fundado por François Pinault, de 87 anos, alertou na quarta-feira que seus lucros podem cair cerca de 30% no segundo semestre de 2024. A empresa de luxo, que é administrada pelo filho do bilionário, tem lutado para reverter a situação de sua maior marca, a Gucci, enquanto sua fortuna foi reduzida pela metade nos últimos três anos.

Para Bernard Arnault, a queda coincide com a colocação de seus cinco filhos em posições-chave no conglomerado LVMH e uma série de acordos através da firma de private equity L Catterton, que é apoiada pelo grupo.

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